WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O nono dia de junho foi difícil de engolir para os torcedores americanos de São José do Rio Preto. Não só o estádio Teixeirão foi assaltado na madrugada -e bolas, chuteiras, camisas com o diabo "Brasinha" e dinheiro roubados-, mas, horas depois, o ex-presidente do clube, conselheiro dos antigos "e americano como poucos", de viajar com o time e a ele devotar cifras pessoais, Edmar Gonçalves da Rocha Filho, deixou a torcida de lado.
Rocha Filho "recebeu a herança de Rocha pai", diretor do time e "americano roxo", que o levou ainda de chupeta aos primeiros jogos. Ele faria o mesmo com os dois filhos.
Formado em administração de empresas, fundou sua própria nos anos 70, uma beneficiadora de grãos que beneficiava também o time. Homem de fala alta, "envolvido com os amigos do time nos barzinhos", que fazia churrasco nas vitórias, "que dava dinheiro do próprio bolso como patrocínio", Rocha Filho virou presidente.
Deu tempo de contratar o zagueiro Chicão e o atacante Finazzi, que depois brilharam no Corinthians. Foram nove meses corridos -o câncer foi a má notícia. Morreu no tal sábado, dia 9, aos 57.
O América promete homenagem nas partidas do sub-15 e sub-17, hoje. Uma faixa agradecerá seu empenho.