São Paulo, sábado, 14 de junho de 2008

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Mercosul aprova resolução que apóia doadores vivos

ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

Os ministros da Saúde do Mercosul aprovaram ontem uma resolução que determina que os países integrantes do grupo devam criar métodos de acompanhamento e apoio para seus doadores vivos de órgãos.
"As políticas de transplante priorizam o uso de órgãos de cadáveres, mas essa política deve ser complementada com o apoio de doadores vivos", afirmou ontem o ministro brasileiro, José Gomes Temporão.
Para o ministro, por "abrirem mão de uma certa qualidade de vida", essas pessoas precisam de mais atenção. A proposta não foi apresentada pelo Brasil, mas recebeu o apoio de todos os países.
A idéia aprovada ontem, em Buenos Aires, é que todos os doadores de órgãos sejam cadastrados por seus países e que haja um registro geral do Mercosul. A partir daí, o doador teria acompanhamento do Sistema Único de Saúde.
O sistema internacional vai demorar para ser efetivado, segundo o ministro. O Brasil não tem o cadastro de seus doadores. Hoje, existe um registro de doadores voluntários de medula óssea -há 800 mil doadores de medula cadastrados pelo Instituto Nacional de Câncer.
Uma conseqüência indireta da medida seria ajudar no combate ao tráfico internacional de órgãos. "Como todo e qualquer doador de órgão vivo vai ter que estar registrado, e acompanhado no âmbito do Mercosul, isso reduz as possibilidades de que haja tráfico", diz o ministro.
Na reunião, também foi aprovado o reforço das políticas de incentivo à doação de sangue no Mercosul. Brasil e Argentina concordaram em criar políticas de pesquisa, produção e desenvolvimento de medicamentos genéricos.


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