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Mercosul aprova resolução que apóia doadores vivos
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Os ministros da Saúde do
Mercosul aprovaram ontem
uma resolução que determina
que os países integrantes do
grupo devam criar métodos de
acompanhamento e apoio para
seus doadores vivos de órgãos.
"As políticas de transplante
priorizam o uso de órgãos de
cadáveres, mas essa política deve ser complementada com o
apoio de doadores vivos", afirmou ontem o ministro brasileiro, José Gomes Temporão.
Para o ministro, por "abrirem mão de uma certa qualidade de vida", essas pessoas precisam de mais atenção. A proposta não foi apresentada pelo Brasil, mas recebeu o apoio de todos os países.
A idéia aprovada ontem, em
Buenos Aires, é que todos os
doadores de órgãos sejam cadastrados por seus países e que
haja um registro geral do Mercosul. A partir daí, o doador teria acompanhamento do Sistema Único de Saúde.
O sistema internacional vai
demorar para ser efetivado, segundo o ministro. O Brasil não
tem o cadastro de seus doadores. Hoje, existe um registro de
doadores voluntários de medula óssea -há 800 mil doadores
de medula cadastrados pelo
Instituto Nacional de Câncer.
Uma conseqüência indireta
da medida seria ajudar no combate ao tráfico internacional de
órgãos. "Como todo e qualquer
doador de órgão vivo vai ter que
estar registrado, e acompanhado no âmbito do Mercosul, isso
reduz as possibilidades de que
haja tráfico", diz o ministro.
Na reunião, também foi
aprovado o reforço das políticas de incentivo à doação de
sangue no Mercosul. Brasil e
Argentina concordaram em
criar políticas de pesquisa, produção e desenvolvimento de
medicamentos genéricos.
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