DA REPORTAGEM LOCAL

A relação entre motociclistas e concessionárias de rodovias ficou conturbada neste ano, depois que a Ecovias, responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, começou a pressionar os órgãos reguladores do trânsito para proibir a circulação de motos abaixo de 250 cc -que representam 60% do mercado- em suas vias.
A concessionária alegou que essa solicitação -não atendida- se devia à elevação dos acidentes com motos de baixa cilindrada. Segundo Moacyr Duarte, presidente da ABCR (que reúne as concessionárias), usuários com motos de maior potência são mais responsáveis do que os demais.
O presidente da Umab (que representa os motociclistas), Aldemir Martins, afirma que há uma tentativa de cerceamento das motos. "Eles querem criar justificativas para cobrar a tarifa."
Além de provocar pouco desgaste na pista, um dos motivos que levam à isenção para motociclistas em alguns Estados é a demora que podem causar nas praças de cobrança -como usam roupas especiais, demoram para pegar as notas. No Rio Grande do Sul, a Concepa isentou as motos da cobrança por esse motivo, a partir de 1998. Em 2002, porém, o benefício acabou, e o fluxo médio diário de motos já caiu 30%. Os acidentes diminuíram 24%. (AI)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Acidente com moto cresce mais que a média
Índice