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URBANISMO
Uma das propostas em elaboração é a da Vila Sônia (zona oeste) e inclui a construção da quarta rodoviária
Cidade terá cinco novas áreas de expansão
AMARÍLIS LAGE
PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo irá, até
o fim deste ano, concluir os projetos de lei de cinco novas operações urbanas na cidade. Uma das
propostas que estão mais adiantadas é a da operação Vila Sônia
(zona oeste), que prevê a criação
da quarta rodoviária da cidade.
De acordo com o secretário do
Planejamento, Jorge Wilheim, a
rodoviária será instalada ao lado
da estação de metrô Vila Sônia, a
última prevista no prolongamento da linha 4, que atualmente liga
as estações Ana Rosa e Vila Madalena. As outras três rodoviárias da
cidade (Barra Funda, Jabaquara e
Tietê) também são integradas ao
metrô. "[A nova rodoviária] é o
ponto mais fácil para quem chega
ou sai de São Paulo pelas rodovias
Régis Bittencourt e Raposo Tavares", disse Wilheim.
O secretário evitou, porém, estabelecer datas. "Os projetos de lei
das operações urbanas estarão
prontos até o fim do ano. Mas se
eles serão ou não enviados à Câmara [até o fim da gestão da prefeita Marta Suplicy (PT)] é algo
que ainda não foi discutido e depende da prefeita." Segundo ele,
somente após a aprovação dos
projetos na Câmara poderiam ser
feitas as estimativas de quando a
rodoviária ficará pronta.
As operações urbanas são um
dos instrumentos mais importantes para mudar a paisagem de determinadas regiões da cidade, alcançando assim as transformações propostas nos 31 planos diretores regionais. Ontem, o texto da
operação urbana Rio Verde-Jacu,
que pretende estimular o desenvolvimento econômico da zona
leste, foi sancionado pela prefeita.
Na operação urbana Vila Sônia,
a meta, segundo Wilheim, é ordenar a urbanização prevista com o
avanço da linha do metrô. Os outros dois projetos que estão mais
adiantados e, segundo Wilheim,
serão concluídos em agosto são os
das operações urbanas Jaguaré
(oeste) e Vila Maria (norte).
No Jaguaré, a preocupação é se
antecipar à pressão imobiliária, já
que o local é a continuação do Alto de Pinheiros, região já verticalizada. "Estamos nos apressando
em fazer as regras do jogo para
que não haja excesso de construção em lugares que não sejam
convenientes. Isso teve reflexo na
lei de zoneamento, que já prevê
alguns adensamentos."
Centros de exposição
Na Vila Maria, a proposta da
prefeitura é aproveitar o interesse
imobiliário que Santana tem despertado e a existência dos centros
de exposições do Anhembi e do
Expo Center Norte para promover na região o desenvolvimento
de um setor hoteleiro.
No mês passado, o Anhembi
hospedou o Unctad (Conferência
das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), que reuniu 6.000 pessoas, e o Expo Center
Norte sediou a Urbis, feira internacional de cidades, que recebeu
cerca de 20 mil pessoas. "É um lugar que atrai muita gente, devido
aos eventos, e é de razoável acesso. É também um bairro curioso,
que permaneceu baixo. É uma
área de grande interesse", diz Wilheim.
Também serão apresentados
até o fim do ano os projetos de lei
das operações Santo Amaro (sul)
e Celso Garcia (leste).
Entretanto, os projetos de duas
grandes operações urbanas não
serão finalizados neste ano: os da
Diagonal Norte e da Diagonal Sul.
Ambas prevêem a revitalização da
cidade ao longo da via ferroviária
que leva carga da região de Campinas a Santos (litoral paulista).
Outro projeto que também será
adiado é o da operação Amador
Bueno (leste).
Atualmente, São Paulo tem
quatro operações urbanas: Água
Branca (oeste), Centro, Água Espraiada e Faria Lima (sul), nem
todas bem-sucedidas. Na Água
Branca, só foram construídos
quatro prédios. A da Faria Lima
teve uma resposta forte do mercado, mas gerou problemas na Vila
Olímpia, por exemplo, onde, segundo Wilheim, a possibilidade
de adensamento não foi associada
à capacidade viária, levando a
congestionamentos.
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