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Reforma da Fernando Prestes é concluída
Obras na praça, que começaram com atraso, duraram cinco meses na região central de São Paulo e custaram R$ 1,332 milhão
Empreendimento retoma características originais do local, que foi inaugurado em 1938 e criado pelo então prefeito Prestes Maia
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco meses atrasada em relação ao prazo previsto, a prefeitura vai entregar as obras da
praça Coronel Fernando Prestes, na região da Luz, centro de
São Paulo. A reforma retoma as
características originais da praça, inaugurada em 1938.
A conclusão da praça está
marcada para o próximo dia 29,
depois de cinco meses de obras.
A estimativa inicial da administração, ainda no mandato de
José Serra (PSDB), era começar o processo em outubro último e encerrá-lo em fevereiro.
O atraso se deveu a "embaraços administrativos" para liberação de recursos, afirmou José
Rollemberg, arquiteto do DPH
(Departamento de Patrimônio
Histórico) e responsável pelo
projeto de reforma. O empreendimento custou R$ 1,332
milhão, dos quais R$ 1,037 milhão financiados pelo BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento) e outros R$
295 mil pela prefeitura.
O projeto está vinculado ao
Monumenta, programa de fomento à preservação do patrimônio histórico articulado em
parceria entre os governos federal, estadual e municipal.
Para aproximar o novo desenho da praça com a Coronel
Fernando Prestes de 1938, pisos e jardins sofreram modificação. No solo, o mosaico português (pedras brancas e pretas) substitui o revestimento de
ladrilho hidráulico (cerâmica
que forma o mapa do Estado). A
troca foi baseada em fotografias da época, diz Rollemberg.
"Recuperamos a característica
que a praça tinha quando foi
feita e ao mesmo tempo a adaptamos para o período atual."
A principal alteração está no
fim do uso da praça como estacionamento, medida que pretende beneficiar os pedestres
que circulam no local. A prefeitura negociou com a Fatec e
com a Polícia Militar, que mantêm prédios no entorno, para
que o local fosse usado prioritariamente como passagem
-não mais como parada- de
automóveis. A camada de asfalto que recobria a área onde os
carros estacionavam foi removida para dar lugar a paralelepípedos, tal qual na praça de 38.
Ainda de acordo com José
Rollemberg, os jardins e a área
verde aumentaram de tamanho e a praça, de cerca de 11 mil
m2, ganhou um parque infantil.
Haverá rampas para portadores de deficiência e, entre os
paralelepípedos, superfícies lisas para facilitar a locomoção
de cadeirantes.
A praça Coronel Fernando
Prestes foi criada pelo então
prefeito Prestes Maia (1896-1965) para ocupar espaço usado anteriormente como campo
de experimento da escola de
agronomia da Poli (Escola Politécnica da USP). "Aquela área
tinha um aspecto quase rural.
A praça representa um momento de São Paulo assumindo
o seu lado metrópole."
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