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PARALISAÇÃO
Universidade do Rio protesta contra a nomeação de candidato derrotado
Escolha de reitor leva UFRJ a nova greve
free-lance para a Folha
Os professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
fazem hoje uma paralisação de 24
horas em protesto contra a nomeação do novo reitor da universidade, José Henrique Vilhena.
A nova paralisação acontece oito
dias depois do final da greve dos
profissionais de instituições federais de ensino de todo o país.
Vilhena foi nomeado na quarta-feira passada pelo ministro da
Educação, Paulo Renato de Souza.
Um manifesto contra a nomeação do reitor começou a circular
ontem em todo o campus.
Uma comissão formada por cinco dos seis decanos e por diretores
de unidades acadêmicas deverá ir
a Brasília depois de amanhã para
levar o protesto ao ministro.
A intenção dos decanos é conseguir a revogação da nomeação de
Vilhena e a posse de Aloísio Teixeira, do Instituto de Economia
Industrial. Teixeira foi o candidato vencedor em votação realizada
entre funcionários, professores e
estudantes. Ele ganhou também
no colégio eleitoral da UFRJ com o
dobro de votos de Vilhena.
A nomeação de Vilhena foi vista
pelo corpo docente e pelos estudantes como uma intervenção na
autonomia da universidade.
A data da viagem dos decanos
será confirmada hoje em uma assembléia às 10h, que reunirá decanos e parlamentares da Assembléia Legislativa do Rio.
Desde o dia da nomeação de Vilhena, a reitoria está ocupada por
estudantes e funcionários da universidade. Cerca de 60 pessoas se
revezam no local noite e dia.
Reposição de aulas
A disputa pela reitoria está afetando as aulas que começavam a
ser repostas. O calendário de reposição ainda não foi aprovado pelo
CEG (Centro de Ensino de Graduação), que adiou a decisão em
protesto contra a nomeação do
novo reitor. Uma nova reunião do
CEG deverá acontecer amanhã.
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