São Paulo, terça, 14 de julho de 1998

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PARALISAÇÃO
Universidade do Rio protesta contra a nomeação de candidato derrotado
Escolha de reitor leva UFRJ a nova greve

free-lance para a Folha

Os professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fazem hoje uma paralisação de 24 horas em protesto contra a nomeação do novo reitor da universidade, José Henrique Vilhena.
A nova paralisação acontece oito dias depois do final da greve dos profissionais de instituições federais de ensino de todo o país.
Vilhena foi nomeado na quarta-feira passada pelo ministro da Educação, Paulo Renato de Souza.
Um manifesto contra a nomeação do reitor começou a circular ontem em todo o campus.
Uma comissão formada por cinco dos seis decanos e por diretores de unidades acadêmicas deverá ir a Brasília depois de amanhã para levar o protesto ao ministro.
A intenção dos decanos é conseguir a revogação da nomeação de Vilhena e a posse de Aloísio Teixeira, do Instituto de Economia Industrial. Teixeira foi o candidato vencedor em votação realizada entre funcionários, professores e estudantes. Ele ganhou também no colégio eleitoral da UFRJ com o dobro de votos de Vilhena.
A nomeação de Vilhena foi vista pelo corpo docente e pelos estudantes como uma intervenção na autonomia da universidade.
A data da viagem dos decanos será confirmada hoje em uma assembléia às 10h, que reunirá decanos e parlamentares da Assembléia Legislativa do Rio.
Desde o dia da nomeação de Vilhena, a reitoria está ocupada por estudantes e funcionários da universidade. Cerca de 60 pessoas se revezam no local noite e dia.
Reposição de aulas
A disputa pela reitoria está afetando as aulas que começavam a ser repostas. O calendário de reposição ainda não foi aprovado pelo CEG (Centro de Ensino de Graduação), que adiou a decisão em protesto contra a nomeação do novo reitor. Uma nova reunião do CEG deverá acontecer amanhã.



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