São Paulo, sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

foco

Além de andar mais, usuário de fretado agora teme assalto

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A restrição à circulação dos ônibus fretados em parte do centro expandido de São Paulo causou um efeito colateral inesperado para a prefeitura: o medo da violência.
Nesta semana, 16 pessoas relataram à Folha o medo que têm de andar a pé dos pontos de desembarque estabelecidos pela prefeitura até o trabalho, principalmente na Vila Olímpia e no Itaim Bibi (zona oeste).
Cerca de 5.600 pessoas por dia iam e voltavam para trabalhar na região em fretados, diz a prefeitura. Parte migrou para carros particulares. Das que ficaram, muitas andam com medo.
Duas pessoas disseram à Folha que foram roubadas quando iam do trabalho ao ponto do fretado.
Uma delas, que trabalha na av. Juscelino Kubitschek, desistiu do fretado após perder o notebook. Da outra, furtaram o celular quando ia do parque do Povo até a estação Cidade Jardim.
A publicitária Paola Marinho, 27, disse que um motoqueiro a perseguiu em cima da calçada quando ela ia para o ponto do fretado na av. Luiz Carlos Berrini.
Ela trabalha na rua Funchal e precisa andar 3 km até o ponto do ônibus. No caminho, passa por baixo do viaduto República da Armênia, um dos pontos críticos.
O secretário municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes, disse que não recebeu reclamação sobre a violência e que, por isso, a pasta não tomou medidas.
A Secretaria da Segurança Pública não informou se houve aumento da violência, mas o assunto será discutido no conselho do bairro.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Juiz nega pedido para suspender terceirização da
merenda em SP

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.