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Além de andar mais, usuário
de fretado agora teme assalto
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A restrição à circulação
dos ônibus fretados em parte
do centro expandido de São
Paulo causou um efeito colateral inesperado para a prefeitura: o medo da violência.
Nesta semana, 16 pessoas
relataram à Folha o medo
que têm de andar a pé dos
pontos de desembarque estabelecidos pela prefeitura
até o trabalho, principalmente na Vila Olímpia e no
Itaim Bibi (zona oeste).
Cerca de 5.600 pessoas
por dia iam e voltavam para
trabalhar na região em fretados, diz a prefeitura. Parte
migrou para carros particulares. Das que ficaram, muitas andam com medo.
Duas pessoas disseram à
Folha que foram roubadas
quando iam do trabalho ao
ponto do fretado.
Uma delas, que trabalha
na av. Juscelino Kubitschek,
desistiu do fretado após perder o notebook. Da outra,
furtaram o celular quando ia
do parque do Povo até a estação Cidade Jardim.
A publicitária Paola Marinho, 27, disse que um motoqueiro a perseguiu em cima
da calçada quando ela ia para
o ponto do fretado na av.
Luiz Carlos Berrini.
Ela trabalha na rua Funchal e precisa andar 3 km até
o ponto do ônibus. No caminho, passa por baixo do viaduto República da Armênia,
um dos pontos críticos.
O secretário municipal
dos Transportes, Alexandre
de Moraes, disse que não recebeu reclamação sobre a
violência e que, por isso, a
pasta não tomou medidas.
A Secretaria da Segurança
Pública não informou se
houve aumento da violência,
mas o assunto será discutido
no conselho do bairro.
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