da Reportagem Local

Em depoimento à polícia anteontem, o estelionatário Fabiano Leite Sá Lima afirmou que conheceu a vereadora Maria Helena Fontes (PL) há seis meses em um bar nos Jardins, na zona sudoeste de São Paulo.
A parlamentar, no entanto, afirma que passou a ter contato com o estelionatário há cerca de 20 dias.
A versão de Sá Lima, se confirmada, reforça a suspeita da polícia de que Maria Helena teria participado de uma tentativa de estelionato contra o vereador Salim Curiati Jr. (PPB).
O depoimento de Sá Lima também inocenta, em tese, duas ex-assessoras da parlamentar.
Elas também prestaram depoimento à polícia e revelaram supostas irregularidades envolvendo Maria Helena.
Entre as irregularidades apontadas pelas ex-assessoras estão a indicação de funcionários fantasmas para o Anhembi e a Prodam, exigência de parte dos salários de funcionários de seu gabinete e desvio de dinheiro da Administração Regional da Freguesia do Ó.
Em uma operação de busca e apreensão na casa da vereadora, na semana passada, foram apreendidos documentos que levantam indícios de que Maria Helena ficava com parte dos salários dos funcionários de seu gabinete.
Maria Aparecida Nunes e Alessandra Garcia, as ex-assessoras, e Sá Lima são acusados por Maria Helena de armar um golpe para chantageá-la.
Segundo a vereadora, Sá Lima teria desistido da idéia depois e passado a ajudá-la.
Sá Lima foi preso em flagrante na semana passada e acusou a vereadora de ter tramado a tentativa de estelionato.
No depoimento, ele afirma ter provas da relação com a ela. "Ela me pagou passagens áreas para Curitiba e Brasília e fez depósitos em uma conta bancária que dei", afirmou Sá Lima.
Outras provas, segundo ele, são ligações telefônicas feitas por ela a hotéis em que ele ficou hospedado. De acordo Sá Lima, os dois mantiveram relações sexuais. A vereadora nega.


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