São Paulo, sábado, 14 de setembro de 2002

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Líder do TC manda flores a enterro

DA SUCURSAL DO RIO

A parceria firmada pelas facções criminosas TC (Terceiro Comando e ADA (Amigo dos Amigos) não foi afetada pela morte de Uê nem pela traição de Celsinho da Vila Vintém, que deixou a ADA para se aliar a Beira-Mar.
Líder máximo do TC, Paulo César dos Santos, o Linho, enviou uma coroa de flores para o enterro de Uê, realizado ontem no cemitério do Caju (zona norte do Rio). "Saudades do amigo fiel, Linho", dizia a faixa.
Traficantes de outras favelas dominadas pelo TC, como Pedreira, Dendê e Vila do João, na zona norte, também enviaram coroas.
Mesmo com 60 PMs ao redor do cemitério, as equipes de reportagem foram expulsas por pessoas que participavam do enterro.
Um homem, que disse ser advogado de Uê, afirmou que se os jornalistas não saíssem, "a integridade física" deles estaria em risco.
Um cinegrafista discutiu com um parente de Robertinho do Adeus, enterrado na mesma hora que Uê, e só não foi agredido porque deixou o cemitério.
Policiais do Serviço Reservado da PM, que tentavam tirar fotos de suspeitos, foram aconselhados pelos policiais encarregados da segurança do cemitério a não entrar com câmeras.
Cerca de 400 pessoas compareceram ao enterro. Além de Uê e de Robertinho do Adeus, foram enterrados no mesmo horário os traficantes Wanderley Orelha e Elpídio Sabino, o Robô, também mortos em Bangu 1.(MHM).


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