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PM erra de endereço ao transferir preso
DA SUCURSAL DO RIO
Uma confusão marcou ontem a
transferência do traficante Celso
Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, que estava no presídio
Bangu 1.
Sob escolta do Bope (Batalhão
de Operações Especiais) da Polícia Militar, Celsinho foi levado para o 12º Batalhão de Polícia Militar, em Niterói (a 15 km do Rio).
Os responsáveis pelo batalhão
informaram que não poderiam
receber o traficante, pois não haviam sido informados da transferência. Celsinho foi levado então
para o CPI (Comando de Polícia
do Interior), da PM, também em
Niterói e perto do 12º BPM. Entrou tranquilamente e ficou conversando e rindo com os policiais,
conforme as imagens da TV Globo, que acompanhou a transferência.
A Secretaria Estadual de Justiça
informou que houve um "erro de
comunicação". A unidade destinada a Celsinho era o CPI, mas a
equipe que fazia a transferência
errou o endereço.
Além de Celsinho, outros quatro presos que continuavam em
Bangu 1 depois da rebelião foram
transferidos de madrugada. Segundo a Secretaria de Segurança,
a transferência é uma forma de
protegê-los, pois seriam inimigos
de Fernandinho Beira-Mar.
O próprio Celsinho da Vila Vintém pediu proteção depois de
atuar na rebelião como informante de Beira-Mar. Ele teria revelado
um suposto plano das facções
ADA (Amigo dos Amigos) e TC
(Terceiro Comando) para eliminar os rivais do Comando Vermelho. Por causa da informação, Beira-Mar teria poupado Celsinho.
Também foram transferidos
Marcelo da Silva, o Café, 29, Paulo
dos Reis Encina, o Paulo Maluco,
43, Alexander Costa Nogueira, o
Careca da Vintém, 25, e Walter
Gomes de Carvalho Filho, o Waltinho de Niterói, 29. Eles foram
para o presídio Ary Franco, em
Água Santa (zona norte).
O corregedor-geral de Polícia
Unificada, Aldney Peixoto, disse
considerar perigosa a ida de Celsinho para uma unidade da PM,
pois vários policiais estão sendo
investigados sob a acusação de ter
recebido propina para proteger o
traficante, até mesmo no aniversário de uma de suas filhas. "Temo que ele possa fugir", disse o corregedor.
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