São Paulo, sábado, 14 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

URBANISMO

Prefeitura não tem os cerca de R$ 15,5 mi para obra emergencial

Reforma do Ibirapuera está sem verba

DA REPORTAGEM LOCAL

O Plano Diretor para o parque Ibirapuera (zona sul), que prevê a construção de um anfiteatro cujo projeto foi doado pelo arquiteto Oscar Niemeyer -autor do planejamento original do parque, criado há 48 anos-, corre o risco de não passar de boas intenções.
Isso porque a Prefeitura de São Paulo não tem os cerca de R$ 15,5 milhões que seriam necessários para fazer as reformas emergenciais e erguer o novo edifício.
"Não temos dinheiro", repete a secretária do Meio Ambiente, Stela Goldenstein. Por isso, embora o plano determine um prazo de dois anos para que as primeiras intervenções estejam concluídas, não há ainda previsão de quando as obras efetivamente se iniciam.
A apresentação oficial do projeto, num café da manhã a ser oferecido hoje, seguida da abertura de uma exposição sobre o parque, que poderá ser visitada até 11 de outubro, é uma tentativa de divulgar a idéia e conseguir despertar o interesse da iniciativa privada para o financiamento da reforma. O que não tem sido uma tarefa fácil.
A exposição mostrará fotos históricas e atuais do Ibirapuera e uma maquete do almejado anfiteatro, que terá um espaço aberto -espécie de palco ao ar livre.
A diretriz principal do Plano Diretor é separar a área de eventos (como shows de música, mostras artísticas e desfiles de moda) dos locais de lazer contemplativo e de prática de esportes, tendo como marco divisor os lagos do parque.
As obras que devem ser feitas a curto prazo incluem ainda adequação da ciclovia e construção de um bicicletário (R$ 360 mil); recuperação estrutural da marquise (R$ 630 mil); ampliação da área permeável, com redução das pistas asfaltadas e da área de estacionamento (R$ 420 mil); recuperação do viveiro municipal Manequinho Lopes (R$ 720 mil); e complementação da iluminação, para que o Ibirapuera possa ficar aberto à noite (R$ 240 mil).
Considerado pelos moradores de São Paulo como um dos dois principais símbolos da cidade, o parque Ibirapuera recebe cerca de 10 milhões de pessoas por ano.
No início da colonização, a região era um aldeamento indígena que se estendia até onde hoje é o distrito de Santo Amaro. Com o povoamento, a planície foi transformada em área de pasto de boiadas. O parque surgiu em torno do viveiro Manequinho Lopes, criado nos anos 1920 para reflorestar a área. (MARIANA VIVEIROS)


Texto Anterior: Transportes: Terminais terão sistema inteligente
Próximo Texto: Panorâmica - Educação: Ônibus escolares são multados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.