São Paulo, sábado, 14 de setembro de 2002

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Elite ficou mais "humanizada"

DA REPORTAGEM LOCAL

Educadores são unânimes em afirmar que, a partir da fundação do Colégio Santa Cruz, uma nova visão humanística passou a impregnar a consciência e as ações de muitas pessoas ligadas à elite paulistana.
Segundo o filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), uma das maiores contribuições da escola foi conseguir embutir em parte dessa elite uma concepção não-predatória da sociedade.
Cortella admira o trabalho do Santa Cruz sobretudo na educação de adultos, implantado em 1974. O curso supletivo noturno atende 463 alunos. A maioria dos estudantes tem menos de 24 anos (65%), veio da região Nordeste e vive na capital paulista há mais de dez anos (57%).
Segundo o professor Nélio Bizzo, 42, vice-diretor da Faculdade de Educação da USP, o Santa Cruz mostrou nos últimos 50 anos que é possível buscar a excelência do ponto de vista cultural, histórico e científico, preservando os valores mais profundos da sociedade.
"É uma escola de elite que não perdeu de vista a função social", afirma, referindo-se aos projetos comunitários desenvolvidos pela escola em favelas e cortiços. Bizzo presta consultoria para o colégio.
Para a educadora Guiomar Namo de Mello, membro do Conselho Nacional de Educação e diretora da Fundação Victor Civita, o Santa Cruz inovou na proposta didática ao se dedicar à formação de líderes nas áreas política, econômica, social e cultural, que se destacaram no cenário do Estado de São Paulo.


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