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Elite ficou mais "humanizada"
DA REPORTAGEM LOCAL
Educadores são unânimes em afirmar que, a partir da fundação do Colégio Santa Cruz, uma nova visão humanística passou a impregnar a consciência e as ações
de muitas pessoas ligadas à elite paulistana.
Segundo o filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), uma das maiores contribuições da escola foi conseguir embutir em parte dessa elite uma concepção
não-predatória da sociedade.
Cortella admira o trabalho do Santa Cruz sobretudo na educação de adultos, implantado em 1974. O curso supletivo noturno atende 463 alunos. A maioria dos
estudantes tem menos de 24 anos (65%), veio da região Nordeste e vive na capital paulista há mais de dez anos (57%).
Segundo o professor Nélio Bizzo, 42, vice-diretor da Faculdade
de Educação da USP, o Santa Cruz
mostrou nos últimos 50 anos que
é possível buscar a excelência do
ponto de vista cultural, histórico e
científico, preservando os valores
mais profundos da sociedade.
"É uma escola de elite que não
perdeu de vista a função social",
afirma, referindo-se aos projetos
comunitários desenvolvidos pela
escola em favelas e cortiços. Bizzo
presta consultoria para o colégio.
Para a educadora Guiomar Namo de Mello, membro do Conselho Nacional de Educação e diretora da Fundação Victor Civita, o
Santa Cruz inovou na proposta
didática ao se dedicar à formação
de líderes nas áreas política, econômica, social e cultural, que se
destacaram no cenário do Estado
de São Paulo.
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