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Medida é alvo de críticas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Entidades e parlamentares reagiram com surpresa ao fato de o
governo ter editado uma medida
provisória para instituir o Prouni,
que já tramitava no Congresso.
Por outro lado, destacam que a
proposta é positiva por promover
inclusão social.
O presidente da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, considerou a publicação da MP um exemplo de mau
uso desse instrumento. "Esse caso
mostra claramente o cipoal que o
governo montou contra si próprio. Nem mesmo um projeto de
lei de sua autoria consegue tramitar de forma eficiente dentro do
Congresso, pelo excesso de medidas provisórias", afirmou Busato.
E completou: "O governo está
realmente prostituindo o instituto da medida provisória".
O senador Cristovam Buarque
(PT-DF), ex-ministro da Educação no governo Lula, elogiou o
Prouni, mas "lamentou" a forma
de institui-lo.
"O próprio presidente Lula uma
vez me disse que quem tem pressa
come cru", disse Cristovam, referindo-se a um evento em 2003 em
que Lula chamou a atenção dele
publicamente porque reclamava
mais verbas para a educação
quando era titular da pasta.
O deputado Irineu Colombo
(PT-PR), relator do projeto de lei
na comissão especial, defende o
governo nesse ponto. Na opinião
de Colombo, não haveria tempo
hábil de votar a proposta.
O deputado não descarta a possibilidade de alterações no texto
da MP. Colombo prevê pressões
de descontentes com benefícios
dados às filantrópicas.
Estudo da Trevisan Consultores
feito a pedido da Anup (Associação Nacional das Universidades
Particulares) para analisar os aspectos tributários da medida provisória elogia a criação de um mecanismo para conceder bolsas.
Aponta, porém, distorções que
resultam em tratamento desigual
entre filantrópicas e instituições
com e sem fins lucrativos. Pelo estudo, os incentivos fiscais concedidos a essas últimas somam 7%
enquanto elas terão de oferecer
bolsas na proporção de 10%.
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