São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENGENHARIA DO CRIME

Escavação partia de empresa de fachada na Barra Funda

Polícia descobre túnel vizinho a agências bancárias

DO "AGORA"

A Polícia Civil de São Paulo desmantelou ontem uma quadrilha que cavava um túnel de aproximadamente 30 metros, com início em um imóvel na Barra Funda (zona oeste), onde funcionava uma empresa de fachada.
A suspeita é que o bando tentaria invadir e roubar duas agências bancárias ou até mesmo a Federação Paulista de Futebol, prédios vizinhos ao imóvel. Seis pessoas foram presas na casa e duas, nas imediações.
O imóvel fica na rua Tomás Edson, uma travessa da avenida Marquês de São Vicente, atrás da federação e de uma agência do Itaú, e próximo a uma agência do Banco do Brasil.
A casa foi alugada por dois homens. Um deles está foragido e usou documento falso para fechar o negócio. O outro prestou depoimento ontem e teria emprestado o nome em troca de R$ 1 mil. O aluguel mensal era de R$ 2.500.
No local foram encontradas várias ferramentas próprias para escavação: pás, picaretas, máscaras e lanternas, além de roupas.
A polícia descobriu a construção do túnel ao investigar o assassinato de Carlos Eduardo Brandão, 38, no final da tarde de anteontem. "Ele [Brandão] usava nome falso e tinha vários antecedentes por roubo a carro-forte e homicídio", disse a delegada Nair Castro, do 23º DP.
A polícia vai apurar ainda a participação de outras pessoas. Os presos foram autuados por formação de quadrilha.
O advogado Valter Albuquerque, representante dos presos, disse ontem à noite que não daria declarações antes de se inteirar sobre a situação de seus clientes, que só começaram a prestar depoimento após às 21h.

Fortaleza
No início do mês passado, o Banco Central de Fortaleza foi alvo do maior assalto da história do país. Foram levados R$ 164,8 milhões. Segundo a Polícia Federal, de seis a dez homens alugaram uma casa perto do banco, montaram uma empresa de fachada e começaram a escavar um túnel de 80 metros, que chegou ao cofre.
Não há imagens gravadas. A sindicância do BC não achou indícios da participação de funcionários no crime. Foram recuperados R$ 6 milhões, e três empresários suspeitos estão presos.


Texto Anterior: Violência: Empresário diz que PM não quis buscar veículo roubado
Próximo Texto: Expansão: PUC-SP vai ter campus ao lado de Alphaville
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.