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ENGENHARIA DO CRIME
Escavação partia de empresa de fachada na Barra Funda
Polícia descobre
túnel vizinho a
agências bancárias
DO "AGORA"
A Polícia Civil de São Paulo desmantelou ontem uma quadrilha
que cavava um túnel de aproximadamente 30 metros, com início em um imóvel na Barra Funda
(zona oeste), onde funcionava
uma empresa de fachada.
A suspeita é que o bando tentaria invadir e roubar duas agências
bancárias ou até mesmo a Federação Paulista de Futebol, prédios
vizinhos ao imóvel. Seis pessoas
foram presas na casa e duas, nas
imediações.
O imóvel fica na rua Tomás Edson, uma travessa da avenida
Marquês de São Vicente, atrás da
federação e de uma agência do
Itaú, e próximo a uma agência do
Banco do Brasil.
A casa foi alugada por dois homens. Um deles está foragido e
usou documento falso para fechar
o negócio. O outro prestou depoimento ontem e teria emprestado
o nome em troca de R$ 1 mil. O
aluguel mensal era de R$ 2.500.
No local foram encontradas várias ferramentas próprias para escavação: pás, picaretas, máscaras
e lanternas, além de roupas.
A polícia descobriu a construção do túnel ao investigar o assassinato de Carlos Eduardo Brandão, 38, no final da tarde de anteontem. "Ele [Brandão] usava
nome falso e tinha vários antecedentes por roubo a carro-forte e
homicídio", disse a delegada Nair
Castro, do 23º DP.
A polícia vai apurar ainda a participação de outras pessoas. Os
presos foram autuados por formação de quadrilha.
O advogado Valter Albuquerque, representante dos presos,
disse ontem à noite que não daria
declarações antes de se inteirar
sobre a situação de seus clientes,
que só começaram a prestar depoimento após às 21h.
Fortaleza
No início do mês passado, o
Banco Central de Fortaleza foi alvo do maior assalto da história do
país. Foram levados R$ 164,8 milhões. Segundo a Polícia Federal,
de seis a dez homens alugaram
uma casa perto do banco, montaram uma empresa de fachada e
começaram a escavar um túnel de
80 metros, que chegou ao cofre.
Não há imagens gravadas. A
sindicância do BC não achou indícios da participação de funcionários no crime. Foram recuperados R$ 6 milhões, e três empresários suspeitos estão presos.
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