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Presidente de Furnas diz ser impossível garantir segurança
free-lance para a Folha
O presidente de Furnas, Luiz
Laércio Simões Machado, não
quis levantar suspeitas sobre os
responsáveis pela explosão.
"A investigação será feita pela
Polícia Federal e por outros órgãos
do governo", disse ele.
A derrubada da torre de transmissão de Itaipu expôs os problemas de segurança do sistema de
transporte de energia elétrica.
A energia produzida nas usinas e
unidades geradoras é levada aos
consumidores por redes de fios
aéreos sustentados por torres.
Geralmente essas torres ficam
junto a rodovias ou em faixas de
servidão (porções de terra embaixo da rede).
Ao ser questionado sobre a possibilidade de Furnas garantir a segurança desses equipamentos, Simões Machado respondeu de forma categórica. "É impossível."
O sistema de Furnas opera 17 mil quilômetros de linhas de transmissão nos
estados do Paraná, São Paulo, Rio, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.
A torre derrubada pela explosão de ontem media cerca de 40 metros de altura.
Existem cerca de 3.000 torres iguais a ela nos 909 quilômetros da linha que
liga Itaipu à estação de Tijuco Preto (São Paulo), onde a rede é distribuida
para a região Sudeste.
No último dia 27 de julho, cabos de conexão de torres da Embratel nos
municípios de Correia Pinto e Borel (Santa Catarina) foram danificados por
explosões.
Com o corte dos cabos, foi interrompida a comunicação telefônica entre o Rio Grande do Sul e alguns estados das regiões Centro-Oeste e Norte.
Técnicos da empresa consideraram propositais as explosões.
O objetivo delas seria sabotar o processo de privatização da Embratel.
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