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Polícia muda e promete atender em até 1 h
Desde a noite de ontem, 25 distritos policiais na zona norte e em parte da zona leste têm centralização de registros dos casos
Agora, para registro oficial imediato, casos passarão por triagem que os classificará como os que necessitam de ação policial rápida ou não
DA REPORTAGEM LOCAL
Atender o cidadão em até
uma hora quando ele precisar
registrar um caso criminal na
Polícia Civil. Essa é uma das
principais metas da gestão de
José Serra (PSDB) a serem alcançadas com as mudanças no
sistema de atendimento policial que começou a funcionar
ontem à noite na zona norte e
parte da zona leste da capital.
Desde a noite de ontem, em
dias úteis, das 20h até as 8h do
dia seguinte, 25 delegacias funcionam com o novo sistema
-estudado ao longo do último
ano-, que centraliza os registros policiais. O esquema valerá
em tempo integral aos sábados,
domingos e feriados.
Em julho, quando a polícia
testava o sistema na cidade, a
Folha encontrou casos em que
a espera foi de até 12 horas e até
mesmo de vítimas que não conseguiram registrar queixa.
De 13 delegacias da zona norte, quatro deverão registrar
apenas casos criminais das 20h
até as 8h. Nesses distritos, haverá delegado, escrivães e investigadores para atender a casos que necessitem de ação policial rápida.
Já das 12 delegacias destinadas à população da parte da zona leste mais perto do centro,
apenas três têm o atendimento
completo durante a noite.
O delegado Marco Antonio
de Paula Santos, chefe do Decap (Departamento de Polícia
Judiciária da Capital), órgão
responsável pelos 93 DPs da capital, disse não ter uma lista
com casos que deverão ou não
merecer atendimento rápido e
que essa seleção contará com o
bom senso dos policiais.
Segundo ele, hoje o sistema
de atendimento é ruim. "Pior
do que está não ficará". As reclamações sobre atendimento
nas delegacias lideraram o ranking no primeiro semestre deste ano, com 155 casos, segundo
a Ouvidoria da Polícia.
Nos distritos que não terão
equipes completas, o cidadão
encontrará somente dois policiais que farão a triagem.
Se o policial classificar o caso
como "não criminal" (casos de
furtos simples, por exemplo), a
vítima poderá registrar o fato à
polícia em computador na delegacia e levará um protocolo,
que não tem o valor de um boletim de ocorrência.
Só no dia seguinte, quando o
delegado-chefe do distrito avaliar o relato da pessoa, é que será decidido se haverá ou não o
registro de um boletim de ocorrência. Neste caso, a vítima tem
de voltar à delegacia para pegar
uma cópia do documento.
A intenção da Polícia Civil é a
de que todos os 93 DPs da capital estejam enquadrados no novo esquema até fevereiro de
2010, quando apenas 30 deles
terão atendimento completo à
noite.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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