UOL


São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 2003

Texto Anterior | Índice

Número de pessoas mortas pela polícia bate recorde em outubro

FABIANA CIMIERI
DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio bateu o recorde mensal do número de pessoas que matou em supostos confrontos. Foram 132 mortos em outubro. É o maior número desde que o dado passou a fazer parte das estatísticas de criminalidade, em 98.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, disse que todos os que morreram eram criminosos. "Se alguém tiver que morrer em confronto entre bandido e polícia, que morram os bandidos", afirmou.
O secretário estadual de Direitos Humanos, coronel Jorge da Silva, apresentou uma versão um pouco diferente. Segundo ele, alguns registros de mortes em confronto são decorrentes de trocas de tiros em favelas, onde muitas vezes o atingido não é criminoso.
Nas estatísticas de criminalidade de outubro, divulgadas ontem pela secretaria, diminuíram os índices de nove dos dez tipos de crime cujo combate foi considerado prioritário por Garotinho ao assumir a secretaria, em 28 de abril.
Não foi registrado nenhum caso de sequestro nem de assalto a banco. A estatística compara os dados com o mesmo período de 2002, quando foram registrados dois e cinco casos, respectivamente. A terceira maior redução, em percentual, aconteceu nos índices de roubo em ônibus. Em outubro de 2002 foram 507; no mesmo mês deste ano, 253 (-50,1 %).
Garotinho disse que a redução desse tipo de crime se deve à intensificação do Policiamento Transportado em Ônibus Urbano. Policiais começaram a andar nos ônibus das linhas onde ocorria o maior número de assaltos.
O único índice que aumentou foi o de roubo a estabelecimentos comerciais, que passou de 540 para 563 (4,3%). Garotinho disse que fará um mapeamento para descobrir que tipo de comércio é mais vulnerável.


Texto Anterior: Africanos são resgatados no litoral de PE após serem jogados de navio
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.