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Número de pessoas mortas pela polícia bate recorde em outubro
FABIANA CIMIERI
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia do Rio bateu o recorde
mensal do número de pessoas
que matou em supostos confrontos. Foram 132 mortos em outubro. É o maior número desde que
o dado passou a fazer parte das estatísticas de criminalidade, em 98.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho,
disse que todos os que morreram
eram criminosos. "Se alguém tiver que morrer em confronto entre bandido e polícia, que morram
os bandidos", afirmou.
O secretário estadual de Direitos Humanos, coronel Jorge da
Silva, apresentou uma versão um
pouco diferente. Segundo ele, alguns registros de mortes em confronto são decorrentes de trocas
de tiros em favelas, onde muitas
vezes o atingido não é criminoso.
Nas estatísticas de criminalidade de outubro, divulgadas ontem
pela secretaria, diminuíram os índices de nove dos dez tipos de crime cujo combate foi considerado
prioritário por Garotinho ao assumir a secretaria, em 28 de abril.
Não foi registrado nenhum caso
de sequestro nem de assalto a
banco. A estatística compara os
dados com o mesmo período de
2002, quando foram registrados
dois e cinco casos, respectivamente. A terceira maior redução,
em percentual, aconteceu nos índices de roubo em ônibus. Em outubro de 2002 foram 507; no mesmo mês deste ano, 253 (-50,1 %).
Garotinho disse que a redução
desse tipo de crime se deve à intensificação do Policiamento
Transportado em Ônibus Urbano. Policiais começaram a andar
nos ônibus das linhas onde ocorria o maior número de assaltos.
O único índice que aumentou
foi o de roubo a estabelecimentos
comerciais, que passou de 540 para 563 (4,3%). Garotinho disse
que fará um mapeamento para
descobrir que tipo de comércio é
mais vulnerável.
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