São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009

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OAS faz parte de consórcio da cratera do metrô

DA REPORTAGEM LOCAL

A OAS, uma das empresas responsáveis pela obra do lote 5 do trecho sul do Rodoanel, onde ocorreu o acidente, também integra o consórcio Via Amarela, que constrói a linha 4-amarela do metrô de São Paulo.
Em janeiro de 2007, uma cratera feita pelas obras na estação Pinheiros deixou sete mortos. Pelo acidente, o ex-diretor do consórcio, Fábio Andreani Gandolfo, e outros onze técnicos foram responsabilizados criminalmente pelo Ministério Público em artigos do Código Penal que tratam de desabamento seguido de morte.
Relatórios de acompanhamento da obra do Metrô feitos antes do acidente revelaram que o consórcio usou na execução das obras da linha 4 material de "qualidade questionável" e inadequado. Também desprezou o veto dos próprios fiscais do órgão para o uso desse tipo de material.
Reportagem publicada na Folha logo após a abertura da cratera apontou ainda que o Via Amarela também pagava prêmios para as empresas de projetos de engenharia que conseguissem reduzir o uso de materiais, como concreto, cimento ou vergalhões de ferro.
A informação foi passada por dois engenheiros que participaram do projeto e não quiseram se identificar. Os construtores negam.

Rachaduras
Na época do acidente, o Via Amarela disse que o acidente foi uma fatalidade causada, entre outras coisas, pelas características do solo, que é arenoso.
O mesmo argumento foi dado quando, em outubro de 2008, a Folha relatou que as obras da linha 4-amarela causaram rachaduras em 781 imóveis nos 13 quilômetros que separam as estações República e Vila Sônia. Na época, 25 imóveis foram desocupados.
Segundo o consórcio, isso ocorreu porque o solo se "mostrou pior do que se previa" no estudo inicial. O via Amarela disse também que os danos causados pela obra eram "normais" para uma construção do porte do metrô.


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