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OAS faz parte de consórcio da cratera do metrô
DA REPORTAGEM LOCAL
A OAS, uma das empresas
responsáveis pela obra do lote 5
do trecho sul do Rodoanel, onde ocorreu o acidente, também
integra o consórcio Via Amarela, que constrói a linha 4-amarela do metrô de São Paulo.
Em janeiro de 2007, uma cratera feita pelas obras na estação
Pinheiros deixou sete mortos.
Pelo acidente, o ex-diretor do
consórcio, Fábio Andreani
Gandolfo, e outros onze técnicos foram responsabilizados
criminalmente pelo Ministério
Público em artigos do Código
Penal que tratam de desabamento seguido de morte.
Relatórios de acompanhamento da obra do Metrô feitos
antes do acidente revelaram
que o consórcio usou na execução das obras da linha 4 material de "qualidade questionável" e inadequado. Também
desprezou o veto dos próprios
fiscais do órgão para o uso desse tipo de material.
Reportagem publicada na
Folha logo após a abertura da
cratera apontou ainda que o Via
Amarela também pagava prêmios para as empresas de projetos de engenharia que conseguissem reduzir o uso de materiais, como concreto, cimento
ou vergalhões de ferro.
A informação foi passada por
dois engenheiros que participaram do projeto e não quiseram se identificar. Os construtores negam.
Rachaduras
Na época do acidente, o Via
Amarela disse que o acidente
foi uma fatalidade causada, entre outras coisas, pelas características do solo, que é arenoso.
O mesmo argumento foi dado quando, em outubro de
2008, a Folha relatou que as
obras da linha 4-amarela causaram rachaduras em 781 imóveis nos 13 quilômetros que separam as estações República e
Vila Sônia. Na época, 25 imóveis foram desocupados.
Segundo o consórcio, isso
ocorreu porque o solo se "mostrou pior do que se previa" no
estudo inicial. O via Amarela
disse também que os danos
causados pela obra eram "normais" para uma construção do
porte do metrô.
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