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Infecção hospitalar mata 11 bebês no DF
Mortes em outubro e neste mês, no Hospital Regional da Asa Sul, em Brasília, foram causadas por bactérias
Segundo o hospital, em nenhum dos casos a morte foi provocada pela superbactéria KPC, achada em 6 Estados
JOHANNA NUBLAT
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
Nos últimos 40 dias, 11 bebês morreram por infecção
bacteriana no HRAS (Hospital Regional da Asa Sul), hospital público de referência
em casos de alto risco no Distrito Federal. Foram seis mortes em outubro e cinco este
mês, segundo levantamento
preliminar do hospital.
O número mensal aceitável de mortes deste tipo ficaria em torno de três, diz a direção do HRAS.
Segundo Alberto Barbosa,
diretor da instituição, são
três os tipos de bactérias responsáveis pelas mortes dos
bebês. Nenhuma, afirma, foi
provocada pela KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase), a superbactéria identificada em seis Estados.
Ele classifica a situação como "grave, mas sob controle". Hoje, seis bebês estão
contaminados e em isolado.
Apesar da complexidade
das infecções, os pacientes
respondem aos medicamentos, conta o diretor. Há 30 bebês internados no hospital.
Barbosa diz que ainda não
foi possível identificar o que
desencadeou as mortes. Ele
lista, no entanto, deficiências do hospital, como a falta
de profissionais de saúde,
principalmente de médicos.
Medidas estão sendo tomadas para evitar mais mortes. O atendimento foi restrito aos casos de risco e a urgências. Materiais foram
comprados, para evitar o improviso com materiais semelhantes e, assim, reduzir a
chance de infecção.
Segundo o subsecretário
de Atenção à Saúde, José Carlos Quinaglia, o hospital está
abastecido por insumos, e as
medicações que faltavam
chegaram ontem. Outra medida tomada é a transferência de bebês de maior risco
para outros hospitais.
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