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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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"Não gostaram do nosso jeito"

DA REDAÇÃO

"Fizemos a opção pelos pobres, e eles fizeram a opção pelos pentecostais", diz d. Pedro Luiz Stringhini, bispo católico de uma região que cobre metade da zona leste da capital -com áreas centrais tradicionais, como Pari e Belém, de presença católica mais acentuada (76,54% e 75,38%, respectivamente), e também distritos com maior vulnerabilidade social e com alto percentual de pentecostais, como São Mateus e Sapopemba (19,09% e 18,61%).
"Geograficamente, estamos em todos os lugares, mas não atingimos todas as pessoas. As pernas da igreja foram mais curtas, não obstante as operações na periferia nos anos 70 e 80 e a ação das comunidades eclesiais de base."
O bispo pondera que, talvez, a igreja tenha sido muito politizada e sofisticada. "O povo não entendia expressões como "compromisso social da fé", "engajamento pastoral". As pessoas não gostaram de nosso jeito."
De acordo com Stringhini, a Igreja Católica deixou, dessa maneira, de atender as aspirações transcendentais de seu rebanho. O bispo chama a atenção para o atual esforço missionário da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A igreja procura oferecer um atendimento com um maior contato humano e afetivo. "Temos de aprender isso com os crentes." (ECD)


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