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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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Maestro frequenta igreja evangélica

DA REDAÇÃO

Naquela manhã de domingo, o maestro Roberto Minczuk, 36, estava envolvido por uma música muito distinta daquela que costuma reger na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, onde é diretor artístico-adjunto, e na Filarmônica de Nova York, em que é regente associado.
Uma melodia simples, que em nada lembra a complexidade da música de um Mahler (1860-1911), fazia o maestro cantar com alegria e entusiasmo.
Na celebração da Assembléia de Deus Betesda, na zona sul de São Paulo, não se vê o regente rigoroso à frente da orquestra. Está ali o cristão participativo.
"A igreja é um lugar em que você compartilha a sua esperança. Você vai para ouvir a palavra de Deus", explica Minczuk.
O maestro lembra que deve à igreja sua iniciação musical. De uma família de origem russa, o maestro frequentava a Assembléia de Deus da comunidade. O pai, músico profissional, cuidava do repertório dos cultos.
Minczuk explica que deixou de frequentar a igreja em que foi criado por achá-la muito fechada. Diz que pertence hoje à Betesda (que significa "lugar da misericórdia divina") porque encontra ali um canal de diálogo.
A música executada no culto é para agradecer a Deus. Esse caráter de fervor religioso é que faz o maestro admirar, para além da genialidade do compositor, a música de J.S. Bach (1685-1750). (ECD)


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