DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), disse ontem que até abril próximo o bilhete único eletrônico será implantado no transporte coletivo municipal. Com ele, o usuário poderá fazer, mediante pagamento de uma tarifa e durante duas horas, quantas viagens quiser nos ônibus e peruas que prestam serviço à prefeitura.
O cronograma de substituição dos passes e vales-transportes pelo novo cartão já começou. A previsão é que seja completado em quatro meses, incluindo o tempo de transição, em que ambas as formas de pagamento valerão.
Ao anunciar a medida, Marta cobrou do governo a integração dos ônibus com o metrô e os trens. "Esperamos que o Estado se apresse." O secretário Jilmar Tatto (Transportes) foi mais enfático. "Desafiamos o Estado a fazer a integração", disse em discurso.
Hoje, várias linhas de ônibus compartilham com o metrô um bilhete único a um custo superior ao da passagem regular. Com a implantação definitiva do bilhete eletrônico, essa integração será encerrada, já que a passagem de papel não será mais aceita.
A Folha não conseguiu ontem entrar em contato com nenhum representante do governo do Estado. Há 40 dias, depois de uma reunião com a prefeita, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) determinou que a integração fosse feita no prazo previsto.
Marta inaugurou ontem o primeiro corredor de ônibus de sua gestão -a interligação entre as regiões da avenida São João (centro) e Pirituba (zona oeste), passando pela Lapa (zona oeste).
A faixa exclusiva de 15 km para os coletivos, à esquerda em quase toda a sua extensão, tem radares para flagrar os carros invasores, que pagarão R$ 127,69 de multa.
Apenas nas ruas Clélia e Guaicurus (zona oeste) a faixa exclusiva é na direita. Na av. Edgar Facó (zona norte), haverá trânsito de ônibus em duas faixas (direita e esquerda) até o fim de fevereiro.


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