São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Projeto eleva salário de secretário em 90%

Proposta, pedida por José Serra, sobe de R$ 6.262,53, para R$ 11.885,40 os vencimentos da equipe montada pelo tucano

Não será reajustado o valor recebido pelo governador eleito; objetivo é pagar o condizente com a função, diz Aloysio Nunes Ferreira

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
CÁTIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa apresentou projeto que eleva em 89,78% os salários dos secretários do governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB). Se o plenário aprovar a proposta, o vencimento de um secretário irá de R$ 6.262,53, para R$ 11.885,40.
O projeto, assinado pelos três membros da Mesa, o presidente da Assembléia, Rodrigo Garcia (PFL), Fausto Figueira (PT) e Geraldo Vinholi (PDT), precisa ser aprovado neste ano para vigorar em 2007. A medida também congela o salário de Serra e de Alberto Goldman (PSDB), vice-governador eleito, que receberão R$ 14.850 e R$ 14.110, respectivamente.
O reajuste atende aos interesses de Serra, que vinha encontrando dificuldades para montar seu secretariado em razão dos baixos salários, principalmente ao convidar administradores da iniciativa privada.
A proposta foi feita a pedido do tucano, segundo Aloysio Nunes Ferreira, futuro titular da Casa Civil, para equiparar o vencimento do secretário ao de um deputado estadual e condizer com a responsabilidade.
Uma das saídas usadas por Serra foi manter o futuro secretário de Comunicação, Hubert Alquéres, na presidência da Imesp (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo). Com isso, ele mantém o salário da Imesp, mais alto que o de secretário.
A Folha procurou o presidente da Assembléia, mas a assessoria de Garcia afirmou que ele estava em uma reunião.

Sem oposição
O projeto será aprovado, segundo a Folha apurou, já que não deve sofrer resistências nem mesmo do PT, principal partido de oposição a Serra, segundo o líder da bancada na Assembléia, Jilmar Tatto.
Para o petista, aumentar os salários é uma forma de evitar "arranjos" dentro da estrutura do governo para compatibilizar os ganhos dos secretários aos que receberiam na iniciativa privada. "A princípio sou favorável, porque não temos de ficar nessa hipocrisia de fazer arranjos para complementar os salários no poder público."
Tatto fazia referência às nomeações de secretários e integrantes dos primeiros escalões do governo para os conselhos de empresas públicas, casos em que recebem jetons.


Texto Anterior: Jogos: Após 3 multas, bingo próximo à av. 23 de Maio é fechado
Próximo Texto: Partidos fecham acordo para eleger Antônio Carlos Rodrigues (PL) para presidir Câmara
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.