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Partidos fecham acordo para eleger Antônio Carlos Rodrigues (PL) para presidir Câmara
DA REPORTAGEM LOCAL
Líderes de quase todos os
partidos na Câmara Municipal
assinaram um documento em
que se comprometem a eleger
Antônio Carlos Rodrigues (PL)
presidente da Casa para o biênio 2007-2008. Ficaram de fora apenas o PFL e o PSOL.
A eleição está marcada para
amanhã às 10h. Rodrigues evita
cantar vitória, mas diz confiar
nos líderes que assinaram o documento de apoio.
O documento prevê a distribuição partidária de todos os
cargos da Mesa e das presidências de todas as comissões.
O governo, sob orientação do
prefeito Gilberto Kassab
(PFL), apóia o acordo, apesar
de o PFL não ter participado
das negociações.
Pelo acordo, o PTB indicará o
primeiro-vice-presidente, o
PSDB ficará com a segunda vice-presidência, o primeiro-secretário será do PT e o segundo-secretário, do PSDB.
As comissões ficaram distribuídas assim: Justiça para o PT,
Finanças para o PFL, Política
Urbana para o PSDB, Transportes para o PTB, Saúde para o
PT e Educação para o PSDB.
A Folha apurou que Adilson
Amadeu (PTB) deve ser o primeiro-vice-presidente. O PT
deve indicar José Américo para
a primeira secretaria. O indicado do PSDB deve ser Adolfo
Quintas. Milton Leite deve ficar com a vaga do PMDB.
João Antonio (PT) tende a
continuar na presidência da
Comissão de Justiça. Wadih
Mutran (PFL) deve presidir da
Comissão de Finanças. A eleição para as comissões só ocorre
em fevereiro, após o recesso.
Apesar do acordo, há uma
tensão na Câmara. Há dois
anos, Ricardo Montoro (PSDB)
estava praticamente garantido
como presidente meia hora antes da votação. Porém, Ricardo
Tripoli (hoje sem partido, na
época no PSDB) se aliou à oposição, elegeu-se presidente e tirou o governo da Mesa.
Nessa articulação surgiu o
"centrão", grupo que se autodenomina independente e que
tem sido, nesses dois anos, o
fiel da balança na Casa. O grupo
tem 21 integrantes, sob a liderança de Rodrigues e Amadeu.
O PT e o "centrão" têm agido
unidos, como oposição.
Para João Antonio (PT), a
aliança se justifica pela "independência da Câmara" em relação ao governo.
Domingos Dissei, líder do
PFL e tido como um possível
candidato a presidente, disse
que, mesmo fora do acordo, o
partido não criará dificuldades.
Votações
Para evitar atritos, todas as
votações na Câmara foram suspensas até a eleição, amanhã.
Entre os projetos importantes que aguardam votação estão
o Orçamento para 2007, as mudanças nas cobranças dos impostos municipais e a criação
de uma empresa municipal para arrecadar dinheiro no mercado para a prefeitura fazer
obras.
(EVANDRO SPINELLI)
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