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148 mil alunos ficam sem aula nas férias nas creches de SP
Todas as 1.129 unidades da cidade encerram atividades
FABIANO NUNES
LÍVIA SAMPAIO
DO "AGORA"
Pela primeira vez, os pais de
todos os 148 mil alunos das creches da Prefeitura de São Paulo
-conveniadas, diretas e indiretas- serão obrigados a deixar
seus filhos em casa nas férias, a
partir do próximo dia 20. As aulas nos 1.129 CEIs (Centros de
Educação Infantil) voltam só a
partir de 1º de fevereiro.
Até o ano passado, as férias
eram facultativas nas unidades
diretas e indiretas da rede municipal. Somente a rede conveniada, que conta com mais da
metade das crianças em creches, entrava em recesso em janeiro ou em julho.
A prefeitura informou que a
mudança faz com que todos os
professores da rede municipal
entrem em férias na mesma
época. A alteração agradou a
professores e profissionais da
rede de ensino, mas foi criticada por especialistas e deixou
muitos pais sem opção.
A educadora Maria Malta
Campos, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e professora de pós-educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica), afirma que a decisão
da prefeitura considerou apenas os anseios dos professores e
das instituições. "É preocupante que a prefeitura tenha tomado essa linha. A creche não
existe apenas como função
educativa mas também de
apoio à família", afirmou.
A Secretaria Municipal de
Educação informou que as férias nos CEIs "foram comunicadas no ano passado para que
os pais pudessem se programar". Para o secretário Alexandre Schneider, é importante
que a creche fique fechada para
que possam ser feitas reformas.
"Imagine um pedreiro consertando um teto de berçário com
uma criança de seis meses."
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