São Paulo, terça-feira, 14 de dezembro de 2010

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Córrego da Mooca enche e cobre carros

Na avenida Professor Luís Anhaia Mello, na zona leste da cidade, veículos ficam submersos após transbordamento

"Você acha que nunca vai acontecer com você, mas quando vê já está embaixo da água", diz professor de música


DO "AGORA"
DE SÃO PAULO


O consultor jurídico Almir Vasconcelos, 38, ficou preso com seu Honda Fit na enchente que tomou conta de diversos pontos de alagamento na avenida Professor Luís Anhaia Mello (zona leste), após o transbordamento do córrego da Mooca.
"O trânsito já estava parado por causa da chuva, que era muito forte. Quando a água começou a alagar a pista, não tinha como ir para frente nem para atrás. Saí do carro e vi água cobrindo o capô", diz o consultor, que às 21h levava o carro do local em cima de um guincho.
"Ainda bem que tenho seguro", conformava-se.
O pianista e professor de música Carlos Pacheco, 44, não teve melhor sorte. Ele aguardava um guincho para seu Palio, sem seguro, na altura do número 2.000 da mesma avenida.
"Você acha que nunca vai acontecer com você, mas quando vê já está embaixo da água", diz ele. "Não dá nem tempo de ver, a inundação vem em menos de um minuto. Saí do carro e fiquei ali, assistindo ele quase boiar", afirma o músico.
Além do córrego da Mooca, o do Oratório (zona leste) também transbordou.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências, da prefeitura, choveu em média 62,2 mm na cidade ontem -ou 62,2 litros de água por metro quadrado.
Isso corresponde não apenas às quatro horas de chuvas da tarde de ontem, mas também ao volume da madrugada -quando uma árvore caiu sobre um carro na Pompeia (zona oeste).
Na Bela Vista (região central), chegou a chover um pouco de granizo.
O motorista também não conseguia trafegar na avenida Celso Garcia, na altura da rua Pimenta Bueno, e nem mesmo passar pelo viaduto Bresser. As avenidas Alcântara Machado, Paes de Barros e Abraão de Morais também ficaram intransitáveis.
Os túneis Max Feffer e Anhangabaú, segundo a CET, precisaram ser fechados, mas puderam ser reabertos em pouco menos de 30 minutos.
O Corpo de Bombeiros trabalhava com botes em mais de 20 pontos estratégicos da cidade, mas não havia registrado nenhuma vítima ou salvamento até as 19h30.


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