São Paulo, terça-feira, 14 de dezembro de 2010

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Metade opta por direito trabalhista na OAB

Para entidade, muitos entre os 46% escolhem área por achar mais fácil, mas reprovação na segunda fase é alta

Segundo a OAB, maioria faz essa escolha porque conteúdo a ser estudado é menor que o de áreas como o direito civil


VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
ROGÉRIO PAGNAN

DE SÃO PAULO

Balanço do exame da OAB revela que quase metade dos candidatos capacitados para a segunda fase das provas optou por direito trabalhista.
O motivo, segundo a própria OAB, é o conteúdo da disciplina ser menos extenso que o de outras áreas, como o direito civil. Isso poderia tornar a aprovação mais fácil, no entendimento dos candidatos -uma vez aprovados, eles podem atuar em qualquer área do direito-, mas não é o que acontece.
O índice de aprovação dos candidatos trabalhistas foi menor que o dos do direito civil, constitucional ou administrativo. Dos 46.962 bacharéis em direito aprovados para a segunda fase, 21.794 (46%) escolheram fazer a prova específica para direito trabalhista, mas só 5.603 (ou 25,7%) foram aprovados.
Em segundo lugar veio direito penal, opção de 12.803 (1.412 aprovados, ou 11%). Já direito civil, de conteúdo muito mais extenso, foi escolhido por 4.721, com aprovação na prova de 2.052 candidatos - 43,5% deles.
"Isso mostra que muitos optam por essas disciplinas não por dominá-las, mas por terem um menor programa e por isso não estão tendo êxito", diz Walter Agra, coordenador do exame.
"Existe uma pequena gama de advogados especialistas nessa área", diz Agra.
Segundo a OAB, a escolha em massa pelo direito trabalhista não se justifica porque o número de advogados no mercado não se compara ao número de inscritos.
Neste ano, dos 105.315 candidatos do exame, só 12.634 (12%) passaram nos testes que permitem ao bacharel exercer a profissão.


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