São Paulo, Sábado, 15 de Janeiro de 2000


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SP terá piscinões no centro só em 2001

OTÁVIO CABRAL
da Reportagem Local

A Prefeitura de São Paulo irá construir dois piscinões na região central da cidade para evitar novas enchentes na área, principalmente no vale do Anhangabaú e na avenida 23 de Maio.
As licitações para as duas obras devem ocorrer no próximo mês. Segundo o secretário municipal das Vias Públicas, André de Fazio, a intenção da prefeitura é que os piscinões sejam concluídos até o final deste ano, contribuindo para aliviar os problemas da chuva no verão de 2001.
Nesta época de chuvas, os paulistanos devem continuar tendo problemas com as enchentes na região. Atualmente, a decisão da prefeitura é fechar o túnel do Anhangabaú quando chove forte, para evitar inundações, o que complica o trânsito no centro.
Devido à resolução de construir as duas barragens, a verba para o túnel do Anhangabaú no Orçamento de 99 da prefeitura não foi utilizada. A prefeitura previa gastar no ano passado R$ 2.451.719 em obras de drenagem no Anhangabaú, mas o dinheiro foi desviado para outras áreas.
"Fizemos uma revisão técnica e concluímos que o mais apropriado é fazer piscinões para reter as águas do Anhangabaú e da 23 de Maio", afirmou Fazio. Assim, o paulistano pode continuar sofrendo com as enchentes no Anhangabaú e com as constantes interdições do túnel até o final deste ano, admitiu o secretário.
Um dos piscinões será construído sob o terminal de ônibus da praça das Bandeiras. O outro também ficará embaixo de um terminal, na praça 14 Bis.
O secretário explica que as duas áreas foram escolhidas porque pertencem ao município. Com isso, não será necessário desapropriar imóveis, o que deixaria as obras mais caras.
Durante a realização das obras, que devem durar pelo menos seis meses, os dois terminais de ônibus deverão ser interditados. O embarque e o desembarque de passageiros devem ser transferidos para outras regiões no centro, como a praça Princesa Isabel.
Fazio afirma que os estudos sobre a capacidade e os custos das obras estão em fase final. Mas, mesmo antes do término dos estudos, o secretário avalia que cada piscinão deva ter um custo semelhante ao Caguaçu, o maior da cidade, que consumiu aproximadamente R$ 9,9 milhões. Para isso, será preciso mudar o Orçamento municipal deste ano, que prevê para a região do Anhangabaú a verba de R$ 10 milhões.
Enquanto as novas barragens não são concluídas, a prefeitura vai usar um esquema de emergência para evitar que o túnel do Anhangabaú encha de água e voltem a ocorrer cenas como as do ano passado, quando motoristas precisaram deixar os seus carros e sair nadando.
Quando o radar da Aeronáutica alerta que chuvas fortes atingirão a região central da cidade, técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interditam o túnel e desviam o trânsito para caminhos alternativos. "O motorista tem um incômodo, pelos desvios no trânsito, mas não corre o risco de ficar preso na inundação", disse o secretário.



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