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SP terá piscinões no centro só em 2001
OTÁVIO CABRAL
da Reportagem Local
A Prefeitura de São Paulo irá
construir dois piscinões na região
central da cidade para evitar novas enchentes na área, principalmente no vale do Anhangabaú e
na avenida 23 de Maio.
As licitações para as duas obras
devem ocorrer no próximo mês.
Segundo o secretário municipal
das Vias Públicas, André de Fazio,
a intenção da prefeitura é que os
piscinões sejam concluídos até o
final deste ano, contribuindo para
aliviar os problemas da chuva no
verão de 2001.
Nesta época de chuvas, os paulistanos devem continuar tendo
problemas com as enchentes na
região. Atualmente, a decisão da
prefeitura é fechar o túnel do
Anhangabaú quando chove forte,
para evitar inundações, o que
complica o trânsito no centro.
Devido à resolução de construir
as duas barragens, a verba para o
túnel do Anhangabaú no Orçamento de 99 da prefeitura não foi
utilizada. A prefeitura previa gastar no ano passado R$ 2.451.719
em obras de drenagem no
Anhangabaú, mas o dinheiro foi
desviado para outras áreas.
"Fizemos uma revisão técnica e
concluímos que o mais apropriado é fazer piscinões para reter as
águas do Anhangabaú e da 23 de
Maio", afirmou Fazio. Assim, o
paulistano pode continuar sofrendo com as enchentes no
Anhangabaú e com as constantes
interdições do túnel até o final
deste ano, admitiu o secretário.
Um dos piscinões será construído sob o terminal de ônibus da
praça das Bandeiras. O outro
também ficará embaixo de um
terminal, na praça 14 Bis.
O secretário explica que as duas
áreas foram escolhidas porque
pertencem ao município. Com isso, não será necessário desapropriar imóveis, o que deixaria as
obras mais caras.
Durante a realização das obras,
que devem durar pelo menos seis
meses, os dois terminais de ônibus deverão ser interditados. O
embarque e o desembarque de
passageiros devem ser transferidos para outras regiões no centro,
como a praça Princesa Isabel.
Fazio afirma que os estudos sobre a capacidade e os custos das
obras estão em fase final. Mas,
mesmo antes do término dos estudos, o secretário avalia que cada
piscinão deva ter um custo semelhante ao Caguaçu, o maior da cidade, que consumiu aproximadamente R$ 9,9 milhões. Para isso,
será preciso mudar o Orçamento
municipal deste ano, que prevê
para a região do Anhangabaú a
verba de R$ 10 milhões.
Enquanto as novas barragens
não são concluídas, a prefeitura
vai usar um esquema de emergência para evitar que o túnel do
Anhangabaú encha de água e voltem a ocorrer cenas como as do
ano passado, quando motoristas
precisaram deixar os seus carros e
sair nadando.
Quando o radar da Aeronáutica
alerta que chuvas fortes atingirão
a região central da cidade, técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interditam o
túnel e desviam o trânsito para caminhos alternativos. "O motorista tem um incômodo, pelos desvios no trânsito, mas não corre o
risco de ficar preso na inundação", disse o secretário.
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