São Paulo, Sábado, 15 de Janeiro de 2000


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LAZER
Apenas 39 das 66 piscinas da cidade vão funcionar no verão
SP tem 41% das piscinas públicas fechadas por má conservação

da Reportagem Local

Em pleno verão, 41% das piscinas públicas administradas pela Prefeitura de São Paulo estão fechadas por causa de problemas de conservação.
Segundo a Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação, 39 das 66 piscinas municipais vão funcionar normalmente neste verão.
A prefeitura tem outras 27 piscinas públicas desativadas, que aguardam reforma. São piscinas que apresentam rachaduras no piso, nos azulejos ou nas laterais; bombas de água quebradas e vestiários sem condições de uso.
O caso mais grave de abandono é o do CEE Salim Farah Maluf, que tem três piscinas na zona leste. Nenhuma é usada há oito anos.
O paulistano que for usar as piscinas que estão abertas ao público nos CEE (Centros Esportivos e Educacionais), no entanto, também vai encontrar problemas de conservação em alguns locais, como pisos rachados, mato alto e piscinas infantis desativadas.
O CEE Alfredo Inácio Trindade, que fica no Jardim São Paulo, na zona norte, está com a piscina para adultos funcionando em perfeitas condições. Em compensação, a piscina infantil permanece sem uso há pelo menos três anos. A piscina semi-olímpica não pode ser usada porque está com a água suja. Além disso, o mato em torno do conjunto de piscinas está alto e precisa ser cortado.
Os serviços de conservação do centro estão atrasados porque existem apenas três pessoas para realizar o trabalho, segundo os próprios funcionários do CEE.
O CEE que fica na Barra Funda também tem problemas estruturais. O prédio é tombado pelo patrimônio histórico e precisa ser totalmente reformado. A piscina infantil do CEE também está interditada há mais de cinco por causa de rachaduras.
O assistente técnico da direção desse CEE, Ivanilson José Neves, disse que a ausência de uma piscina infantil faz com que famílias desistam de frequentar o centro porque os filhos pequenos ficam sem recreação.

Reformas
A cidade de São Paulo tinha 39 piscinas desativadas em 97, primeiro ano da gestão Celso Pitta. Desde então, a prefeitura conseguiu reabrir 12.
O secretário de Esportes, Fausto Camunha, disse que 27 piscinas continuam fechadas por falta de verba para a realização de reformas. Segundo o secretário, a reforma de cada uma custa em média R$ 400 mil.
Camunha afirmou que a prioridade da prefeitura é reabrir dez piscinas públicas, entre elas as do CEE Salim Farah Maluf, até o final da administração Pitta, que termina em dezembro deste ano.
"Sabemos que isso é muito ruim para os moradores da cidade, principalmente os da zona leste da cidade que são os mais prejudicados. Mas as piscinas só não foram reformadas até agora por absoluta falta de verba", disse o secretário.
Camunha afirmou que algumas obras da secretaria ficam em "segundo plano" porque a prefeitura tem outras prioridades.



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