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Diretor vê falha do Estado e da sociedade
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor do Degase (Departamento de Ações Socioeducativas
da Secretaria de Justiça), Sérgio
Novo, vê uma responsabilidade
conjunta do Estado e da sociedade no problema dos menores infratores.
Para ele, o Estado não está conseguindo resolver a questão em
todos os seus segmentos, especialmente no que se refere ao desemprego e à implantação de políticas sociais básicas.
"Ao mesmo tempo, quem quer
empregar um ex-infrator? Há
ONG para cuidar de tudo, menos
para ajudar o infrator. Uma parcela das famílias também não
quer saber dos seus menores infratores", afirma.
Novo considera difícil apontar
uma razão específica para o crescimento do tráfico entre garotas,
mas cita o desemprego e uma
possível crise de valores como justificativas.
Ele disse que há hoje cerca de
mil menores em regime de internação -para 687 vagas.
"Vejo muitas pesquisas sobre a
questão do menor infrator e acho
que elas são importantes. Mas
precisamos de mãos na massa, de
investimentos na área da sociedade e de todas as esferas de governo", afirma.
O juiz Guaraci Vianna, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, diz
que o aumento de meninas no
tráfico está relacionado ao aumento geral de infrações cometidas por menores.
Para Vianna, "elas vêem os meninos fazendo, então querem fazer também. É uma forma de afirmação".
(FE E SP)
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