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Fabrício acordava até dez vezes por noite
DA REPORTAGEM LOCAL
Fabrício (nome fictício) não tinha nem completado um ano
quando sua mãe, Sônia, o levou a
um neuropediatra pela primeira
vez. O menino era tão agitado que
não conseguia nem dormir. Acordava até dez vezes durante a noite.
O médico disse que nada poderia fazer porque ele era muito pequeno, e assim foi até os quatro
anos. Foi quando Sônia (nome
fictício) percebeu que o filho não
aprendia as cores como outras
crianças e começou a passar por
vários especialistas até que, após
três anos, foi descoberto o TDAH.
"Começamos a tratar com remédio, e ele conseguiu aprender
melhor. Durante cinco anos, tomou a medicação, mas achei que
a escola onde estava o superprotegia e os amigos o discriminavam.
Trocamos de colégio e, então, ele
ficou mais maduro." Nessa etapa,
o remédio foi suspenso. "Ele já estava me pedindo para parar. Conversamos com o médico, que resolveu tentar. Deu certo."
Hoje, com 14 anos, Fabrício vai
mudar mais uma vez de escola e
irá para uma sala maior. "Ele ainda tem dificuldades, como ler por
uma hora seguida. Os pais de uma
criança TDAH, por mais confusos
que fiquem, não podem ter medo
e precisam tentar de tudo."
A dona-de-casa Cláudia Queiróz, 40, tem medo do medicamento. Ela e o filho Bernardo, 6,
são portadores do TDAH. "O médico nos sugeriu remédios, mas
fui contra. Os remédios são "tarja
preta". Temo a dependência."
A solução foi a terapia e mudar
várias regras da família, como horários para dormir e comer, para
que ele se tornasse mais centrado.
"Também o coloquei no yoga e
optei pela neuropediatria homeopata. Há oito meses, ele toma remédios homeopáticos." Hoje já é
possível perceber uma melhora.
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