São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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Funcionários querem deixar obra do Metrô

DO "AGORA"

Não são apenas os moradores das casas interditadas que não pretendem mais retornar por receio de um novo acidente.
Funcionários da empreiteira contratada para trabalhar na obra da linha 4-Amarela do metrô, a maior parte migrantes de Minas Gerais e do Nordeste, afirmam que vão arrumar emprego em outra obra ou voltar à terra natal quando as buscas forem encerradas.
"Assim que aconteceu o acidente, minha mulher ligou e pediu que eu voltasse. Nem que seja para roçar mandioca de novo", afirmou Roberto Antonio Rodrigues, 44, que deixou sua família em Imperatriz, no Maranhão, para ganhar um salário de cerca de R$ 1.000 por mês em São Paulo.
Com família em Nova Resende, cidade no sul de Minas Gerais, Laerte de Souza, 36, também diz que vai embora depois que as buscas forem encerradas. "Eu já tinha medo, pois trabalho dentro do túnel. Agora, então, não fico mesmo", disse.
(DIEGO ZANCHETTA)


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