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Brasil fez alerta internacional sobre doença
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 21 de dezembro do ano
passado, o Brasil divulgou um
alerta aos países da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a ocorrência de morte de
macacos com suspeita de febre
amarela no Centro-Oeste.
A morte de macacos pode ser
um aviso da circulação do vírus
nas matas. Na semana passada,
foi confirmado o primeiro caso
de 2008 no Brasil em humanos
-Graco Carvalho Abubakir, 38,
morador de Brasília, que havia
passado uma temporada em Pirenópolis, em Goiás.
A propósito do alerta, o Ministério da Saúde divulgou ontem, por meio de nota oficial,
que "o regimento internacional
estabelece que, quando da
ocorrência de possível emergência de saúde pública de importância internacional, o país
deve comunicar a ocorrência
em 24 horas".
A Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) chegou
a divulgar que o alerta poderia
fazer com que aumentasse o
número de países que exigem
vacina dos turistas brasileiros,
o que foi negado pela pasta e
pela OMS. Jarbas Barbosa da
Silva Junior, gerente da área de
vigilância em Saúde e gestão de
doenças da OPAS (Organização
Pan-Americana de Saúde), braço da OMS, afirma que a notificação não é algo incomum.
"Não é mais obrigatória a notificação internacional da febre
amarela. O Brasil notificou porque isso poderia gerar uma
preocupação em países vizinhos", disse Silva Júnior.
Turismo
Os nove escritórios da Embratur (Empresa Brasileira de
Turismo) no exterior estão
alertando operadores e turistas
estrangeiros da necessidade da
vacina caso as viagens sejam
para as regiões de risco. A empresa, que é ligada ao governo
federal e objetiva impulsionar o
turismo brasileiro no mercado
internacional, tem escritórios
em Frankfurt, Madri, Nova
York, Los Angeles, Paris, Milão,
Tóquio, Lisboa e Londres.
Cerca de 5,02 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil
em 2006, de acordo com os dados mais recentes do Ministério do Turismo, que não quis
comentar se haverá impacto no
turismo nacional.
A Associação Brasileira das
Operadoras de Turismo afirmou que dificilmente haverá
conseqüências negativas. "Em
geral as pessoas se vacinam e
fazem a viagem", disse o presidente da entidade, José Eduardo Barbosa.
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