São Paulo, terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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Brasil fez alerta internacional sobre doença

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 21 de dezembro do ano passado, o Brasil divulgou um alerta aos países da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a ocorrência de morte de macacos com suspeita de febre amarela no Centro-Oeste.
A morte de macacos pode ser um aviso da circulação do vírus nas matas. Na semana passada, foi confirmado o primeiro caso de 2008 no Brasil em humanos -Graco Carvalho Abubakir, 38, morador de Brasília, que havia passado uma temporada em Pirenópolis, em Goiás.
A propósito do alerta, o Ministério da Saúde divulgou ontem, por meio de nota oficial, que "o regimento internacional estabelece que, quando da ocorrência de possível emergência de saúde pública de importância internacional, o país deve comunicar a ocorrência em 24 horas".
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chegou a divulgar que o alerta poderia fazer com que aumentasse o número de países que exigem vacina dos turistas brasileiros, o que foi negado pela pasta e pela OMS. Jarbas Barbosa da Silva Junior, gerente da área de vigilância em Saúde e gestão de doenças da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da OMS, afirma que a notificação não é algo incomum.
"Não é mais obrigatória a notificação internacional da febre amarela. O Brasil notificou porque isso poderia gerar uma preocupação em países vizinhos", disse Silva Júnior.

Turismo
Os nove escritórios da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) no exterior estão alertando operadores e turistas estrangeiros da necessidade da vacina caso as viagens sejam para as regiões de risco. A empresa, que é ligada ao governo federal e objetiva impulsionar o turismo brasileiro no mercado internacional, tem escritórios em Frankfurt, Madri, Nova York, Los Angeles, Paris, Milão, Tóquio, Lisboa e Londres.
Cerca de 5,02 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil em 2006, de acordo com os dados mais recentes do Ministério do Turismo, que não quis comentar se haverá impacto no turismo nacional.
A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo afirmou que dificilmente haverá conseqüências negativas. "Em geral as pessoas se vacinam e fazem a viagem", disse o presidente da entidade, José Eduardo Barbosa.


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