São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 2011 |
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Chalé onde Jobim fez "Águas de Março" ruiu MARCELO BORTOLOTI DO RIO A chuva já havia praticamente acabado na manhã de quarta-feira, quando o músico Daniel Jobim, neto de Tom Jobim, presenciou a fúria da natureza como nunca tinha visto antes. Em duas horas, o rio que margeia o sítio da família, em São José do Vale do Rio Preto, subiu mais de dois metros, encobriu casas e levou tudo o que havia pela frente. Uma das casas devastadas era o pequeno chalé onde, no princípio dos anos 1970, seu avô compôs a música "Águas de Março" ("É pau, é pedra, é o fim do caminho"). Tom Jobim usou na canção imagens do cotidiano do lugar, como o carro enguiçado de João Gilberto quando foi visitá-lo, o projeto da casa que estava construindo, o tijolo da construção chegando e a chuva que transformava as estradas em lama: "É a lama, é a lama". As águas de janeiro deixaram um cenário de destruição. Sem luz nem telefone, Daniel, que estava com seu filho de cinco anos, ficou ilhado e incomunicável. "Não havia Defesa Civil, Polícia, nada, apenas as pessoas por si só, tentando ajudar umas as outras", disse. Na quinta-feira, seu pai, Paulo Jobim, conseguiu um helicóptero para resgatá-lo. Mas quando estava prestes a pousar no local, Daniel avisou por telefone que havia conseguido escapar por um caminho alternativo. Não houve mortes no local. Texto Anterior: Vítimas recusam resgate apesar de perigo Próximo Texto: Bope e fuzileiros ajudam resgatar pessoas isoladas Índice | Comunicar Erros |
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