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"É um marco para a nossa causa"
DA REPORTAGEM LOCAL
A Associação da Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) comemorou a condenação dos dois skinheads. "É um marco para a nossa causa", afirmou Roberto de Jesus, presidente da entidade, que
chegou a reunir 20 pessoas em
frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, anteontem, para pedir
rigor no julgamento.
Durante a sessão, segundo Jesus, pelo menos cinco parentes e
amigos de Juliano Filipini Sabino
permaneceram o tempo todo
provocando os homossexuais que
acompanhavam os depoimentos.
"Eles ficaram mexendo com a
gente, fazendo gestos obscenos,
mostrando tatuagens, mas tudo
isso é nada depois dessa sentença", afirmou.
Essas pessoas, que, além da cabeça raspada, foram ao fórum
com roupas características dos
skinheads (bota, calça jeans, suspensório), não quiseram falar
com a reportagem.
Um levantamento da Associação da Parada do Orgulho GLBT,
com base em notícias publicadas
na imprensa, indica que 130 homossexuais foram assassinados
no Brasil no ano passado.
Benedita Rodrigues, irmã do
adestrador de cães Edson Neris da
Silva, só deixou a sessão, durante
a madrugada, depois de ouvir a
sentença. Junto com a filha, Viviane, ela acompanhou as quase 12
horas de julgamento.
"Foi muito bom, foi exemplar.
Não recupera a vida do meu irmão, mas pode evitar que eles
continuem agindo dessa maneira."
(AI)
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