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Assessor afirma que aumentos são repassados para salários
DA REPORTAGEM LOCAL
Segundo o secretário-adjunto
de Educação do Estado, Hubert
Alquéres, o aumento progressivo
nos recursos do Fundef a que o
Estado tem direito estão sendo repassados integralmente para o salário dos professores.
Alquéres afirma que boa parte
do aumento no salário do magistério da rede estadual -que, segundo a secretaria, foi de 176%
desde 1995- pode ser creditado
aos recursos do fundo.
Para o secretário, a queda no
número de alunos -o que acaba
aumentando os recursos "per capita"- no Estado pode ser explicada pela estabilização da taxa de
natalidade em São Paulo e pela regularização do fluxo escolar.
"Os estudantes estão ficando
menos tempo na escola. Como a
repetência está caindo, o número
de jovens com defasagem idade-série também é menor", afirma.
Alquéres não concorda com a
crítica de que o Fundef prejudica
a educação infantil ou a educação
de jovens e adultos.
"Os municípios têm recursos
próprios para investir nesses setores. Na cidade de SP, o gasto por
aluno na educação infantil é
maior do que no ensino fundamental, mesmo com os recursos
do Fundef", afirma o secretário.
Ele também rebate as acusações
de que o Estado de São Paulo esteja ganhando recursos dos municípios com o Fundef.
Segundo estudo do deputado
César Callegari (PSB), este será o
primeiro ano desde a criação do
Fundef em que o Estado de São
Paulo repassará aos municípios
mais do que arrecadará na distribuição dos recursos.
Callegari afirma, no entanto,
que, mesmo com o aumento dos
recursos do Fundef, os municípios continuam refratários à idéia
de municipalizar o ensino fundamental, tese defendida pelo governo do Estado.
"Apenas 29% dos alunos no Estado estudam em redes municipais de ensino. Os recursos do
fundo não são suficientes para
convencer os prefeitos de que vale
a pena assumir todas as escolas de
ensino fundamental na cidade",
diz o deputado, citando dados do
censo escolar de 2000 do MEC.
Alquéres contesta: "Esse dado
leva em conta a cidade de São
Paulo, que é um caso à parte. Se
não levarmos em conta a capital,
veremos que quase 1 milhão de
alunos foram transferidos da rede
estadual para as redes municipais
desde 1995. Se a verba do Fundef
não fosse suficiente, os municípios não fariam isso."
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