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Cirurgião plástico é preso no DF após 5º caso de morte de paciente
SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O médico Marcelo Caron foi
preso ontem por determinação da
Justiça do Distrito Federal e indiciado por homicídio duplamente
qualificado e exercício ilegal da
medicina.
A prisão ocorreu no mesmo dia
da morte de Graziela Murta Oliveira, 26, que se submeteu a uma
lipoaspiração com ele no dia 8 de
janeiro em um hospital em Brasília. Esta é a quinta paciente de Caron que morre após uma cirurgia.
Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Helena, Graziela teve pneumonia, síndrome de descompensação respiratória aguda, queda de pressão,
insuficiência renal aguda e derrame cerebral. A morte foi registrada às 6h05 de ontem. Foi feita autópsia e o corpo foi liberado no final da tarde de ontem.
A prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal do Júri de Taguatinga. A solicitação foi feita pelo promotor Diaulas Ribeiro por
causa das mortes de Adcélia Martins, 39, outra paciente de Caron,
e de Graziela. Outras três mulheres morreram após terem feito cirurgias com Caron em Goiás.
Segundo o promotor, a prisão
preventiva é necessária porque
Caron descumpriu um compromisso com o CRM (Conselho Regional de Medicina) de Goiás de
não exercer a profissão enquanto
durassem os seis processos contra
ele. Há também 35 sindicâncias.
A Folha não conseguiu localizar
o advogado de Caron ontem.
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