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Estatal diz manter trabalho social
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Para a Petrobras, nada é capaz
de compensar as mortes ocorridas na Vila Socó, mas a empresa
diz manter uma "ação contínua
de responsabilidade social" em
Cubatão, segundo nota a respeito
do acidente enviada à Agência Folha pela Gerência de Comunicação Institucional da estatal, no
Rio de Janeiro.
Como providências classificadas como "imediatas", após o acidente, a empresa aponta a construção de 400 casas para as vítimas e a implantação de projeto de
urbanização, escola e área de lazer. Atualmente, a Petrobras diz
executar no bairro obras de urbanização e reforma, como construção de canaletas, muros, plantio
de grama e remoção de entulho.
Além disso, segundo a nota, Cubatão está incluída no programa
de alfabetização Mova-Brasil,
parceria entre a empresa, o instituto Paulo Freire e a FUP (Federação Única dos Petroleiros). Cinco
comunidades do município, entre
as quais a Vila São José, são atendidas. No total, são 192 alunos em
dez salas de aula.
No aspecto de segurança dos
dutos, o episódio da Vila Socó representou o início de uma "mudança cultural" na forma de operar os dutos no país, que culminou com a criação do Centro de
Controle Operacional, no Rio de
Janeiro, segundo o engenheiro
Marcelino Guedes Gomes, gerente de Novos Negócios da Transpetro (empresa de transporte do sistema Petrobras).
"Após o acidente, começamos a
automatizar os nossos dutos",
disse Guedes. Antes do incêndio
na Vila Socó, o procedimento de
controle nas tubulações envolvia
basicamente dois operadores, posicionados em cada uma das pontas do duto, que se comunicavam
por telefone para trocar informações operacionais.
"Se tivéssemos esse sistema [o
atual] naquela época, poderíamos
ter tido uma intervenção mais rápida", afirmou Guedes. Centralizado no Rio de Janeiro, o sistema
é capaz, segundo ele, de detectar
vazamentos em tubulações da Petrobras em qualquer ponto da rede no país.
(FS)
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