ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O médico Francisco Giraldes Arieta conheceu a mulher, Lia, por causa do casamento de Maria Eugênia com Antônio Augusto. Entre todos esses nomes, havia só duas famílias envolvidas.
Foi assim: a irmã de Francisco, Maria Eugênia, conheceu Antônio Augusto e com ele se casou. Antônio Augusto, por sua vez, tinha uma irmã, chamada Lia, que conheceu Francisco -tiveram cinco filhos e oito netos.
Nascido em Ourinhos (SP), em 18 de outubro, no Dia do Médico, Francisco foi clínico-geral e gastroenterologista por 62 anos.
Filho de pais farmacêuticos, formou-se pela Escola Paulista de Medicina em 1946. Como precisavam de médicos em Iacanga, pequena cidade que hoje conta com apenas 9.074 habitantes no interior de SP, Francisco mudou-se para lá. Acabou sendo vereador na cidade.
A maior parte da vida, contudo, Francisco passou em Bauru (SP), onde foi diretor clínico da Santa Casa da cidade por oito anos. Em 1984, aposentou-se, mas continuou atuando na área.
Chegou a ser homenageado pelo Conselho Regional de Medicina como um dos médicos com mais tempo de atividade -só parou de trabalhar no primeiro semestre do ano passado. Depois disso, "sentia falta da medicina", conta a filha Beatriz. Morreu no domingo passado, em Bauru, aos 88, devido a uma insuficiência cardíaca e uma diabetes.

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