|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Entidade e prefeitura defendem acordo e não vêem conflito ético
DA REPORTAGEM LOCAL
O Idelt e a Prefeitura de São
Paulo defendem a legalidade do
contrato firmado sem licitação e
dizem não ver impedimento ético
no fato de não ter havido concorrência e de a entidade escolhida
ser ligada a um integrante da administração José Serra (PSDB).
Eles destacam que a instituição
já teve contratos com outras prefeituras -como Carapicuíba
(Grande SP), Vitória (ES) e até
São Paulo, em anos anteriores- e
com secretarias do Estado.
Valmir Dantas, secretário-adjunto do Trabalho, afirma que a
pasta chegou a "ponderar" a ligação do Idelt com Frederico Bussinger, secretário dos Transportes
do governo tucano, mas que optou por escolher uma instituição
com bom preço e técnica.
"Não vemos problema ético.
Nossa preocupação é com qualidade e preço. O Idelt nos pareceu
mais preparado, apesar da peculiaridade de ser presidido pela Vera Bussinger. Nossa decisão foi
pela experiência", disse.
Segundo ele, não houve concorrência pública devido à preocupação de selecionar entidades que já
tivessem experiência com pessoas
em situação de vulnerabilidade
social -alvo do projeto social.
"É um trabalho específico. Precisa de gente que domine esse público", afirmou, citando um trabalho do Idelt que se tornou referência no centro de Carapicuíba.
De 2002 a 2004, a entidade deu
aulas a egressos do sistema penitenciário que construíram calçadas no município, num projeto
que teve a participação do Estado.
A presidente do Idelt, Vera Bussinger, afirmou que, sem serviços
do tipo, a entidade não sobrevive.
"Não há nenhum favorecimento. Não é porque ele [Frederico
Bussinger] está nesse cargo que
vai interferir em outra secretaria.
O instituto não sobrevive se não
tivermos contratos", afirmou.
Vera disse que, por questão ética, a instituição decidiu não trabalhar para a pasta de seu marido,
mas não para o restante da prefeitura. "Enquanto houver esse vínculo, não prestaremos serviços à
Secretaria dos Transportes."
Frederico Bussinger informou
que não se manifestaria por não
ter ligação com esse contrato.
Texto Anterior: Administração: Mulher de assessor de Serra ganha contrato Próximo Texto: Curso é procurado por desempregado e morador de rua Índice
|