DA REPORTAGEM LOCAL

O líder do governo Gilberto Kassab (DEM) na Câmara de São Paulo, José Police Neto (PSDB), apresentou projeto que prevê a criação de um "pedágio urbano" que seria pago pelo motorista que entrar na cidade pelo Rodoanel.
Com o projeto, o vereador pretende desestimular o motorista a utilizar as vias de São Paulo como ponto de passagem para outras cidades.
Até agora, somente 32 km do trecho oeste do Rodoanel estão prontos. Nesta semana, o Estado privatizou a operação do trecho, com a criação de praças de pedágio no valor de R$ 1,684.
Porém, segundo projeção do governador José Serra (PSDB), o pedágio só começará a ser cobrado entre novembro e dezembro. Até lá, a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias), que vai operar o trecho, terá que investir cerca de R$ 100 milhões no sistema.
Pelo projeto de Netinho, como o vereador é conhecido, o pedágio -com preço correspondente ao dobro pago no Rodoanel- será cobrado somente de veículos não-registrados na cidade de São Paulo.
O sistema funcionaria assim: um sensor semelhante aos do rodízio de veículos, instalados nas saídas do Rodoanel, registrariam cada vez que um veículo com placas de fora de São Paulo entrasse na cidade.
Ao final de cada ano, o sistema enviaria a informação do número de vezes em que cada veículo passou pelo sensor. O proprietário pagaria o "pedágio" quando fosse renovar o licenciamento do veículo.
Além de desestimular o motorista a entrar em São Paulo, o projeto prevê a criação de um fundo que reuniria todo dinheiro arrecadado pelo sistema.
Com o fundo, diz o vereador, a prefeitura terá mais dinheiro para o sistema viário. "O conceito é tentar reduzir o tráfego de passagem, principalmente nas marginais", diz.
Procurada, a Artesp (agência do Estado que regula as concessões rodoviárias) não se manifestou sobre o projeto.


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