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Maioria vê crescimento no número de peruas
DA REDAÇÃO
O discurso oficial de combate às
lotações, propalado pela Prefeitura de São Paulo, ainda não se traduziu em resultados visíveis, pelo
menos segundo a percepção da
maioria da população.
Para 57% dos entrevistados pelo
Datafolha, a quantidade de lotações nas ruas cresceu após a posse
da prefeita Marta Suplicy (PT).
Apenas 11% acham que houve aumento no número de ônibus.
Não há estatísticas oficiais que
comprovem ou desmintam a tese
de que houve aumento das peruas. Mas os números comprovam que houve um "afrouxamento" da fiscalização no início da
atual administração.
Apreensões
Em janeiro, houve 31 apreensões de peruas. Em fevereiro, 164.
A média de apreensões no último
ano do governo do ex-prefeito
Celso Pitta (PTN) foi de 780 por
mês, segundo dados da SPTrans
(São Paulo Transporte).
Marta só reforçou a fiscalização
a partir do mês passado, após
uma ameaça de greve dos motoristas e cobradores de ônibus, que
reivindicavam medidas contra o
transporte clandestino.
A Polícia Militar voltou a participar de blitze, em parceria com a
SPTrans, e as apreensões subiram
para 547 no mês passado.
Regulamentação
Apesar de a população aprovar
o sistema de lotações, que é majoritariamente clandestino, não vê
com bons olhos o fato de usarem
um meio de transporte irregular.
Para 71% das pessoas que foram
entrevistadas pelo Datafolha, apenas os serviços regulamentados
deveriam continuar em operação
nas ruas de São Paulo.
A pesquisa, no entanto, não esclarece a quantidade de peruas
que deveria ser regulamentada na
opinião da maioria.
A regulamentação -parcial-
defendida pela Prefeitura de São
Paulo está atrasada.
Nos primeiros três meses de governo, a administração petista autorizou por mais 180 dias a circulação de quase 7.000 perueiros
não-regulamentados.
A licitação feita na gestão Pitta,
que havia selecionado 4.042 perueiros, foi cancelada, por suspeita de irregularidades.
Está sendo preparada uma nova
concorrência. Enquanto isso, o
sistema vai permanecer desregulamentado.
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