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Pesquisadores do Brasil estudam alternativas
DA REPORTAGEM LOCAL
As mulheres sonham com
uma fórmula que ordene os desequilíbrios da menopausa
sem os efeitos colaterais e riscos da reposição hormonal
clássica. Os pesquisadores das
universidades e dos laboratórios também sonham com isso.
Quem chegar primeiro ganhará aplausos e muito dinheiro.
A primeira alternativa aparece numa sigla em inglês,
"serm", que significa "moduladores seletivos do receptor de
estrogênio". São substâncias
que regulam a entrada do estrogênio nas células. Impediriam sua produção em excesso
no período reprodutivo, reduzindo o risco de câncer, e forneceriam a reposição desse hormônio quando sua produção
caísse com a menopausa.
Os chamados fitoestrógenos
já foram identificados e estão
sendo pesquisados em alimentos como a soja, folhas da amoreira, arbustos como a Cimicifuga racemosa e dezenas de
outros. Um dos primeiros fitoestrógenos a ser registrado
no Brasil como medicamento
vem da Cimicifuga, é produzido pelo laboratório Boehringer
Ingelheim e chega às farmácias
no segundo semestre com o
nome de Menofem.
Nessa seara ainda pobre de
escolhas, o Brasil já tem algumas iniciativas. Uma pesquisa
realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
demonstrou que o uso da isoflavona, um hormônio da soja,
poderia substituir a reposição
clássica. Do grupo de 80 pacientes acompanhadas, 85%
relataram melhora nos "calores" e redução do colesterol. O
ginecologista Kyung Koo Han,
coordenador da pesquisa, diz
acreditar que a isoflavona possa substituir a reposição hormonal clássica sem as consequências que essa terapia provoca depois de anos de uso.
Numa outra frente, foram
pesquisadores brasileiros que
primeiro apresentaram um alimento à base de isoflavonas capaz de substituir a reposição
hormonal convencional.
Com o nome de Previna, o
alimento começa a ser produzido pelo Sanavita, laboratório
dedicado a pesquisas com alimentos funcionais. "Dezenas
de estudos demonstram que o
consumo de soja por mulheres
orientais reduz os efeitos negativos da menopausa, os casos
de câncer e de osteoporose",
diz o professor Antonio Laudanna, titular de gastroenterologia da Faculdade de Medicina
da USP e presidente da Fugesp
(Fundação para a Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo). O Previna é resultado de
uma parceria entre a Fugesp e a
professora Jocelem Mastrodi
Salgado, da Esalq-USP (Escola
Superior de Agricultura Luiz
de Queiróz). Jocelem vem estudando as isoflavonas há quase
duas décadas.
Depois dos "serms" e dos "fitoserms", chega a vez dos "alimentoserms", aumentando o
leque de escolha para os médicos e as mulheres.
Informações: Boehringer Ingelheim,
0800-555998; Previna/Sanavita,
0800-554414; e-mail: pesquisa@sanavita.com.br; Unifesp/Kyung Koo
Han, e-mail: kkh@ig.com.br
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