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Detentos de presídio em Cuiabá mantêm 150 pessoas como reféns
CELSO BEJARANO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA
O governo do Estado de Mato
Grosso informou ontem que não
vai atender as exigências dos 368
presos da Penitenciária Regional
do Carumbé, em Cuiabá, rebelados desde quinta-feira. Até as 21h
de ontem, os detentos mantinham 150 pessoas como reféns.
Eles exigiam como prioridade a
saída do diretor do presídio, Elpídio Onobre Claro, que está no cargo há um mês.
A rebelião teve início quando os
detentos recebiam visitas. Com
exceção de quatro agentes penitenciários, os reféns são parentes
dos presos. Entre eles estão 97
mulheres, 42 crianças e 7 homens.
Anteontem à noite, 14 reféns foram liberados, dez mulheres e
quatro crianças. Ontem, o clima
entre os familiares mantidos como reféns era de tensão.
"Minha mãe ficou lá depois de
visitar meu irmão. Ela desmaiou
quatro vezes, porque não está tomando o remédio para pressão.
Ela quer sair, mas os presos não
deixam", afirmou a dona-de-casa
que se identificou somente como
Elenir. O estoque de água e comida estava no fim.
"Não existe acordo com preso.
Essa é a recomendação do governo", afirmou o secretário de Segurança, Benedito Corbelino.
O tenente-coronel Antônio Moraes, responsável pela segurança
externa do presídio, disse que o
detento João Carlos do Nascimento, o JC, que seria integrante
do PCC (Primeiro Comando da
Capital), foi quem liderou o motim. Ele e mais seis presos, armados com revólveres e pistolas,
trancaram o portão de entrada da
visita e anunciaram a rebelião.
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