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Medida pode ser prejudicial a empresas, afirma associação
DA SUCURSAL DO RIO
A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo)
afirma que a portabilidade
anunciada pela ANS poderá ser
prejudicial para operadoras.
Para a associação, a migração
pode trazer desequilíbrio econômico e financeiro a algumas
operadoras de planos de saúde,
caso haja grande concentração
de fluxo de beneficiários.
A associação afirma, em nota,
que vários pontos ainda estão
em aberto e que a nova regra
deixa a cargo do cliente a obrigação de buscar no site da ANS
as informações sobre a troca de
planos. Para a associação, ainda
existem aspectos jurídicos em
fase de questionamento.
Para Solange Mendes, diretora-executiva da Fenasaúde,
que representa operadoras de
planos de saúde suplementar,
as novas regras farão com que
as empresas busquem mais
qualidade, com melhor oferta
de serviços e de imagem.
"É um ganho para o consumidor. A agência usou critérios
técnicos, a troca precisa ser feita entre planos compatíveis. A
agência buscou inibir que as
pessoas tentassem mudar de
um plano mais barato e com
oferta restrita de serviços para
outro mais caro", disse.
As instituições de defesa do
consumidor avaliam, no entanto, que a iniciativa foi tímida
porque deixou de fora os 40 milhões de clientes dos planos coletivos. "O objetivo da portabilidade é estimular a concorrência e gerar custos menores, mas
as regras vão atingir poucos
consumidores. A grande maioria [dos clientes] está nos planos coletivos", diz Maria Inês
Dolci, da Pro Teste e colunista
da Folha. Ela afirma que as discussões para mudanças nos
planos coletivos já estão em andamento. O total de clientes
que poderão mudar de plano
com as novas regras é de cerca
de 7,5 milhões, entre planos
médicos e odontológicos.
Na avaliação de Selma do
Amaral, do Procon-SP, a entidade esperava por uma mudança maior. A portabilidade
não está disponível para os planos antigos (antes de 1999) e
nem para os planos coletivos.
"A portabilidade será exercida por uma parcela restrita dos
que têm plano de saúde", disse.
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