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ADMINISTRAÇÃO
Em enfrentamento com a Guarda Municipal, 13 funcionários grevistas e sindicalistas também foram detidos
Confronto em Campinas fere seis servidores
PAULO REDA
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Uma manifestação dos servidores públicos municipais de Campinas (95 km de São Paulo) acabou com um saldo de 13 líderes
sindicais e servidores detidos e
pelo menos seis feridos durante
confronto com a Guarda Municipal, ontem, no Paço. A cidade é
administrada pelo PT.
O coordenador do sindicato dos
servidores, Fábio Custódio, ficou
cerca de três horas algemado em
um carro da Guarda Municipal,
na garagem da prefeitura, antes
de ser encaminhado ao 1º Distrito
Policial.
Além de dirigente sindical, Custódio também é membro da executiva municipal do PC do B, partido que compõe a base aliada da
administração.
Em assembléia realizada no início da noite de ontem, os servidores decidiram iniciar uma greve a
partir da 0h de hoje, por tempo
indeterminado.
A categoria reivindica um reajuste de 30% para os salários e um
gatilho toda vez que a inflação ultrapassar 5%.
Esse foi o mais violento confronto entre servidores municipais e a administração desde o início do governo petista, em 2001,
em Campinas.
Às 6h30 de ontem, os servidores
iniciaram piquetes no Paço e na
entrada que dá acesso à garagem
dos secretários e da Câmara.
O primeiro tumulto ocorreu
por volta das 7h15, quando alguns
manifestantes quiseram impedir
que o presidente da Câmara, Carlos Signorelli (PT), entrasse na garagem. Depois de muita discussão, a passagem dele foi liberada.
Logo depois, a perua de som do
sindicato foi guinchada, o que deu
início a um confronto entre grevistas e guardas.
Eunice Xavier Cerqueira, diretora do sindicato, e Adauto Anunciação, assessor do vereador Sérgio Benassi (PC do B), tiveram luxação nos braços.
Outros quatro manifestantes,
incluindo o adolescente Roberto
Donizeti Benedeti Júnior, 16, filho
de Vera de Jesus, diretora do sindicato, sofreram ferimentos leves.
Outro lado
A prefeita Izalene Tiene (PT)
isentou os guardas municipais e
responsabilizou os sindicalistas
pela confusão.
Na avaliação dela, não houve
truculência na ação da Guarda
Municipal. "Os manifestantes impediram a entrada de trabalhadores e agrediram guardas municipais, o que justificou a reação",
disse Izalene Tiene.
De acordo com a secretária de
Governo e Gabinete, Laura Camara Marcondes, durante todo o
confronto a Guarda Municipal
manteve uma postura defensiva.
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