São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 2006

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GUERRA URBANA

74 mortes, 150 ataques, 80 rebeliões

PCC ataca ônibus e fóruns, promove megarrebelião e amplia medo no Estado

No terceiro dia de terror provocado pela facção criminosa PCC, a violência se espalhou em São Paulo. Os ataques não se resumiram a bases da polícia. Ao menos 36 ônibus foram incendiados. Fóruns da Justiça também sofreram atentados. Pelos menos três agências bancárias e um prédio comercial foram atacados. Desde sexta, presos se rebelaram em 80 presídios (cadeias públicas e penitenciárias) -55 continuavam dominados pelos presos até o fechamento desta edição-, superando a megarrebelião de 2001, quando houve motins em 29 unidades. O protesto teve a solidariedade de presos de Mato Grosso do Sul. Em uma das rebeliões de ontem, detentos de uma cadeia pública do interior jogaram colchões em chamas contra um delegado, que teve queimaduras em 64% do corpo. Em São Sebastião, oito presos morreram; em Ribeirão Preto, cinco. Segundo dados divulgados à noite pela Secretaria da Segurança Pública, 61 pessoas morreram nos atentados -36 agentes de segurança, dois civis e 23 suspeitos de participar das ações. Houve 13 mortes nas prisões, num total de 74 vítimas. O governo paulista nega que a situação esteja fora do controle e recusou ajuda do Exército. À Folha, o governador Cláudio Lembo (PFL) disse que já sabia dos ataques há 20 dias. Policiais que atuam na rua, porém, dizem que não foram alertados.


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