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Promotoria vai pedir exame para saber se Suzane pode deixar prisão
Junta de especialistas avaliará se ela pode passar já para regime semiaberto
RODRIGO RUSSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Ministério Público de São
Paulo pretende pedir à Justiça
na próxima segunda-feira que
Suzane von Richthofen, condenada a 38 anos de prisão em regime fechado por participar da
morte dos pais em 2002, seja
submetida a exame criminológico para saber se ela tem condições de deixar já a prisão.
O exame criminológico é feito por uma junta, geralmente
composta de psiquiatra, psicólogo e assistente social. Depois
de analisar a personalidade de
Suzane e avaliar se a ex-estudante de direito ainda representa perigo para a sociedade,
eles emitem um parecer.
O pedido do exame faz parte
do processo que analisa a progressão de Suzane, presa na penitenciária de Tremembé (a
147 km de São Paulo), para o regime semiaberto, em que o preso só passa a noite na prisão.
Na última terça-feira, o Superior Tribunal de Justiça concedeu a ela o direito de pedir já
para cumprir o restante da pena no regime semiaberto.
Os requisitos legais para a
concessão do benefício são o
cumprimento de um sexto da
pena e um atestado de bom
comportamento emitido pelo
diretor do presídio. O atestado
foi expedido pela direção da penitenciária em que Suzane está.
Quanto ao cumprimento da
pena, Suzane já ficou presa 69
meses. Pelo cálculo da defesa,
aceito pelo STJ, acrescentam-se a esse prazo os dias remidos
(a cada três dias de trabalho ou
estudo na prisão, ela tem direito a considerar mais um dia como cumprido), no total de 11
meses. Somado, o tempo chega
a 80 meses, ultrapassando um
sexto da pena (76 meses).
Suzane foi condenada inicialmente a 39 anos e seis meses,
mas sua defesa conseguiu no
STJ, em outubro passado, reduzir a pena para 38 anos.
Segundo o promotor Paulo
Rogério Corrêa, apesar de Suzane cumprir os requisitos, o
exame criminológico costuma
ser pedido no caso de crimes
mais violentos. O juiz não é
obrigado a acatar o resultado.
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