São Paulo, sexta-feira, 15 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JOSÉ GONÇALVES ELIAS NETO (1925-2009)

Jornalista Prêmio Esso e sua garagem de invenções

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os trenzinhos que ziguezagueavam pela sala embasbacaram os netos. Construir os brinquedos foi umas das muitas experiências a que José Elias se entregou trancado na garagem de casa. Nas horas vagas, era inventor. A ex-bailarina Tina, sua mulher, conta que Zé Elias, em suas peripécias, criou até um aparelhinho para ser usado num sistema de irrigação, projeto que teve de abandonar devido ao Alzheimer. De acordo com ela, a invenção do marido, técnico em eletrônica, possui um sensor que identifica quando uma área precisa de água.
Zé também criou textos. De suas mãos saíram as palavras que preencheram as 15 páginas de uma reportagem sobre reflorestamento, publicada na "Exame", em 1971. O esforço rendeu ao autor um Prêmio Esso, na categoria informação econômica. Redator-chefe da revista, Zé se aproveitou do conhecimento adquirido na época em que trabalhou como tesoureiro no antigo Instituto do Pinho. "Ele adorava florestas", afirma Tina.
Antes de se tornar repórter, foi office-boy. Segundo a mulher, além de ter ficado muitos anos na editora Abril, o marido trabalhou no "Última Hora" e na "Gazeta Mercantil". Também colaborou, em Brasília, com publicações do Itamaraty.
Morreu sábado, aos 83, de falência de órgãos. Deixa três filhos, seis netos e um bisneto. A missa de sétimo dia será amanhã, às 16h, na igreja São João Maria Vianney, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Foco: Homossexuais dizem em pesquisa que parentes são os que mais discriminam
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.