São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000 |
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Enterro de Geísa é acompanhado por 3 mil pessoas em Fortaleza
DA AGÊNCIA FOLHA Cerca de 3 mil pessoas lotaram ontem pela manhã o cemitério Bom Jardim, no bairro Granja Lisboa, Fortaleza, para o enterro da professora Geísa Firmo Gonçalves, 20, morta na última segunda-feira durante o sequestro de um ônibus no Rio de Janeiro. Da família, estavam presentes 15 pessoas, entre avó, irmã, primos e tios. Foi a irmã Maria Elizângela Gonçalves quem pediu ao governador Anthony Garotinho (PDT) que providenciasse o traslado do corpo da irmã para Fortaleza. "A única coisa que consegui pensar foi em pedir para trazê-la." O namorado de Geísa, Alexandre Magno Alves, também estava no funeral. Após passar uma hora no cemitério, desmaiou, foi medicado e não pôde acompanhar o enterro. "Perdi o grande amor da minha vida", declarou o jovem. O corpo da professora chegou a Fortaleza na madrugada de ontem e, até as 10h, foi velado na casa de tios da moça, de onde saiu para o cemitério. Houve um início de tumulto quando o caixão foi enterrado. As 3 mil pessoas presentes queriam ver de perto o corpo da professora. Elas formaram uma longa fila do lado de fora da sala de velório. Dez policiais militares tentavam organizar a fila. O pai de Geísa, Gilson Gonçalves, ainda não sabe que medidas tomar para processar o governo do Rio e conseguir indenização pela morte da filha. Ele disse que vai decidir o que fazer depois que o choque e a revolta passarem. Para Nayane Gonçalves, 20, prima da professora, Garotinho acertou ao exonerar o comandante da Polícia Militar do Estado, Sérgio da Cruz, mas teria errado ao mandar prender os policiais que mataram o sequestrador Sandro do Nascimento por asfixia. "Bandido tem de morrer mesmo." Texto Anterior: Mais emprego, menos polícia: Paulistano quer ação social contra violência Próximo Texto: Confusão de identidades atrasa retirada do corpo do sequestrador Índice |
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